Hoje acordei a pensar naquilo que a maioria de nós, em algum momento das suas vidas, se interrogou: " Se eu pudesse voltar atrás até onde quisesse na minha vida, o que alteraria?" Bem sei que muitas vezes dizem que não alterariam nada, até porque não nos devemos arrepender do que fazemos mas sim do que não fazemos, e por aí fora. Outros há que dirão que alterariam muita coisa e escolheriam rumos diferentes na sua vida, e quem sabe tudo seria diferente...
Eu encontro-me neste segundo grupo, no grupo daqueles que alterariam muita coisa na sua vida, não porque não estou satisfeito com a minha vida, mas porque penso que em alguns momentos da minha vida não tomei as decisões correctas em quase todos os campos. Há por exemplo uma sensação que me persegue, e duvido que algum dia desapareça, que é a sensação do não "não-ter-tentado" realizar um sonho que me acompanhou enquanto adolescente, e que hoje é completamente impossível de pôr em prática, apesar de nunca ser tarde para nada.
Todo este puzzle posto em cima de uma mesa, como se de peças se tratassem, faz com que haja milhentas combinações diferentes, e prova que a nossa vida poderia ter sido completamente diferente se tivessemos tomado esta ou aquela decisão de outra forma. Há sempre caminhos ou atalhos que nos levam aos mesmo sítios, ou então a sítios completamente diferentes, está tudo ao alcance de querermos e acreditarmos. Sempre fui um sonhador, sempre acreditei em quase todos os meus sonhos, mas não acreditei nem acredito em todos, acarretando daí as respectivas consequências interiores. As contigências da vida tornam-nos pessoas um pouco diferentes e fazem-nos afastar daquilo que outrora acreditamos, assumindo mesmo em determinados momentos algum pessimismo.
Tenho plena noção do que podia ter acontecido e não aconteceu, e do que aconteceu que não devia ter acontecido. Estes antagonismos na nossa cabeça tornam-se como o mau tempo, ou seja, voltam de vez em quando para nos fazerem lembrar que existem e não desapareceram apenas porque queremos. Não os considero fantasmas na nossa vida, parece-me um termo um pouco pesado, mas são como lembranças que nos fazem interrogar no preciso momento acerca de aonde estamos e para onde queremos ir.
Mas a magia da vida no fundo é esta mesmo, são as decisões no momento certo que podem alterar toda a conjuntura da nossa vida. Desta forma, e constantando que a vida é assim, porquê não arriscarmos em prol da nossa felicidade? Só temos a ganhar, e deixamos de ter estas pedras no sapato que tanto nos incomodam. A vida começa a mostrar-nos tudo aquilo de bom que ela tem para nos oferecer e nós...nós estaremos a sorrir e a contemplar esta dádiva que nos foi dada para viver uma vida e podermos deixar cá a nossa marca seja de que forma for....
David Bowie - Life On Mars
6 comentários:
Como tu sabes bem que há musicas intemporais:)
Obrigada
Mais uma vez estou plenamente de acordo contigo...e disseste tudo! A vida resume-se às nossas escolhas e nada está predestinado! Isso é conversa de conformado! Faria tudo de novo? Nem pensar! Aprendi com os meus erros e por isso, tenho a certeza absoluta de que escolheria outros caminhos, outras decisões, outras posturas, precisamente porque aprendi muitas lições...E vi neste texto o conceito de "efeito borboleta"...
E andamos nós por aqui a bater asas onde podemos e conseguimos com a certeza da insatisfação...é a realidade dos inconformados, meu amigo...que posso dizer? Continua a sonhar! É o que eu faço! Reajusta necessidades...e por vezes, comete loucuras!
Beijinhos Ó Grande Samanto Raposo...
;))
pois...faço minhas as tuas palavras.
Eu sem duvida k mudaria mt coisa, e mudaria exactamente as decisoes k mudariam o rumo total da minha vida. Nao sei se teria sido mais feliz, mas pelo menos nao teria passado por situaçoes k me arrependo de ter permitido k me marcassem negativamente.
O k te posso dizer, é k hoje tenho mais experiencia de vida, e mais consciencia nas minhas decisoes e vejo k ha erros k podem ser evitados... pena é teremos k sofrer pra saber umas coisas...
beijo, beijinho, beijoka
Voltar atrás só mesmo para sentir a força do Primeiro Grande Amor.
Voltar atrás sem imaginar sequer que um dia terminaria.
Voltar atrás só mesmo se continuasse sem saber o que se segue.
Deixo-te esta música na qual pensei mal vi o titulo da tua reflexão.
Espero que gostes.
http://www.youtube.com/watch?v=5NwgoWwqxSQ
Tudo o que é previsivel, está morto. O que a vida tem de fantástico é que nunca sabemos o que segue...ao mesmo tempo é assustador. E isto aplica-se às nossas decisões...Nós nunca sabemos o impacto que "aquela" decisão terá nas nossas vidas. Nem na vida de outras pessoas. Naquele momento, no momento em que a tomamos pode fazer todo o sentido, mas...há sempre um mas. Penso que quando tomamos uma decisão temos um objectivo em mente, e a concretização desse objectivo é o que mais tarde poderemos chamar de "decisão certa". Mas para que tal aconteça, é necessário que tudo que está à nossa volta "conspire" a favor de...O que nem sempre acontece, ou raramente acontece porque todos sofremos mutações diárias..E depois achamos que tomamos a decisão errada... e daí à auto punição vai um passo... Hoje em dia, aprendi a ser branda comigo e com as minhas decisões "erradas"...De alguma forma, e se as tomei, naquele momento, foram as que pensei serem certas...não as posso mudar, porque não posso voltar atrás no tempo...mas posso aprender com elas...posso e devo fazer de forma diferente hoje...amanhã não sei se terei essa oportunidade...nunca sabemos.
Sentir mais e racionalizar menos é o meu objectivo de hoje...e espero que amanhã também o seja.
Decisão, conclusão, juízo… são tudo sinónimos. Certo?!!!
Agora no que toca à vida, às vezes o que parece ser um sinónimo adopta sentidos, direcções, totalmente diferentes, é simples entender, basta colocarmos a mesma questão, variando apenas uma palavra, ora repara:
Como decides uma vida?
Como concluis uma vida?
Como ajuízas uma vida?
Aposto que tens uma resposta diferente, com um sentido diferente, para cada uma destas questões!
Os valores e o peso dos acontecimentos, moldam-se às nossas experiências, sejam elas positivas ou negativas, e a sua importância torna-se desta forma relativa, e não absoluta!
:+)
Mir
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