segunda-feira, fevereiro 23

Mas que grande filme...


Pois é verdade, aproveitando estas pequenas mini-férias que pude disfrutar, e deixando-me contagiar por este efeito dos óscares, aproveitei para ir ao cinema ver um dos filmes que mais me chamou atenção nos últimos tempos.

Com um nome que cai no lugar comum: "Quem quer ser bilionário?", este filme tem uma série de variantes interessantes no meu ponto de vista. Primeiro de tudo, porque retrata um dos males da nossa sociedade e que todos os nós vamos sofrendo um pouco, que é a ânsia por conseguir bens materiais, esquendo-nos muitas vezes daquilo que é mais importante. A seguir porque me despertava muito interesse conseguir perceber como é possível fazer um grande filme com um argumento tão básico, como se assemelha à primeira vista. Por fim, por estar nas bocas dos media, uma vez que está nomeado para uma série de óscares.

O filme é realizado por Danny Boyle, e retrata a vida de Jamal Malik, um órfão de 18 anos dos subúrbios de Mumbai, que está na eminência de ganhar uns espantosos vinte milhões de rupias da versão indiana do concurso "Quem quer ser milionário".
Foi apanhado numa suspeita de fraude, confessando à polícia a sua incrível história de vida nas ruas e a da única rapariga que amou na sua vida, mas que acabou por perder.

Digo-vos muito sinceramente, este filme arrepiou-me do início ao fim, conseguindo impressionar-me com o argumento tão enriquecedor e fantástico aos meus olhos. Fiquei perplexo a ver desenrolar um filme tão bem pensado e tão adequado ao nosso quotidiano e à nossa forma de ver a vida.

Eu sou daqueles que acredita no destino, como já falei algures por aqui, e este filme demonstra isso mesmo. Tudo está ao alcance de acreditarmos e lutarmos pelos nossos sonhos, mesmo que para isso tenhamos que ultrapassar muitos obstáculos que parecem impossíveis e levarmos o nosso sonho até ao limiar do real. Por outro lado, retrata alguns podres da nossa sociedade, que nos vão fazendo as pessoas terem condutas menos correctas das suas vidas.

Adoro esta sensação que o cinema tem em nós, fazendo com que idealizemos analogias com a nossa própria vida, transportando-nos muitas vezes para lugares muito próprios e longínquos. Neste momento estou a assistir aos óscares e já vou vendo que já vai sendo premiado pela Academia...
Só nos resta dar os parabéns a quem merece. Este é o caso...
Aqui fica o trailer...


sexta-feira, fevereiro 20

I know a place...


Há pessoas na nossa vida que têm um dom na nossa vida. O dom de nos acolher nos momentos bons e principalmente nos maus, que é quando mais precisamos. Pessoas que transmitem a paz necessária para continuarmos esta caminhada que é a nossa vida. Infelizmente, ou não, são poucas aquelas que têm essa capacidade, mas existem. Isso parece-me o mais importante.

Por outro lado, todos nós temos na nossa vida alguém especial na nossa vida, ou deveríamos ter, que nos faz ter vontade de recorrer quando mais necessitamos. Acredito que a vida terá um brilho diferente quando alguém nos acolhe de braços abertos e simplesmente nos dá aquilo que mais precisamos, sem cobrar nada em troca.

Essas pessoas gostam de nós unicamente pelo que somos e estão lá quando mais necessitamos. Apesar de soar um pouco a lamechas, dedico esta a todas as pessoas especiais da minha vida...


The Lemonheads - Into Your Arms


"I know a place where I can go when I'm alone
Into your arms whoa into your arms I can go
I know a place that's safe and warm from the crowd
Into your arms whoa into your arms I can go
And if I should fall
I know I won't be alone
Be alone anymore

I know a place where I can go when I'm alone
Into your arms whoa into your arms I can go
I know a place that's safe and warm from the crowd
Into your arms whoa into your arms I can go
So if I should fall
I know I won't be alone
Be alone anymore

I know a place where I can go when I'm alone
Into your arms whoa into your arms I can go
I can go..."

quarta-feira, fevereiro 18

The Rifles...


Os The Rifles são uma banda de Indie Rock, oriundos de Walthamstow, Londres. As suas principais influências são os The Clash, os The Jam e o Britpop dos inícios dos anos 90.
A banda é formada por Joel Stoker (vocals), Lucas Crowther (guitar), Rob Pyne (bass), and Grant Marsh (drums).

Lançam agora em 2009 um excelente disco, "The Great Escape"repleto de músicas interessantes aos nossos ouvidos.

Aqui fica o alinhamento do novo álbum:

1-Science inViolence
2-The Great Escape
3 -Falll To Sorrow
4 -Sometimes
5 -Toe Rag
6 -History
7 -Winter Calls
8 -Out In The Past
9-Rome and Julie
10-The General
11 -For The Meantime


The Rifles - The Great Escape

Sensações...


Ena...hoje sinto-me um teenager! É bom deixarmos de lado as nossas responsabilidades e lembrarmo-nos de quando eramos teenagers, cheios de sonhos e fantasias. A vida tinha um encanto diferente, se bem que penso que agora saboreamos de outra maneira.

Já sei, sou um saudodista com o síndrome da idade. Admito. Mas hoje sinto-me aquele teenager apaixonado pela vida e pela música. Tenho imensas saudades desses tempos, tempos das primeiras descobertas e desilusões. Os anos foram passando, e como se tem visto, as mesmas questões e dúvidas ficaram por decifrar.

Hoje quero sonhar, quero-me sentir livre do meu passado, livre das tristezas e caminhar para o único sítio onde estou bem. Adoro esta sensação que me invade, esta recordação de imagens e sons.

Acho que com a idade vamos perdendo este misticismo que nos caracterizava. Vou fazer por ele voltar e tornar a alegrar a minha vida!

Vou-vos deixar com uma das muitas músicas que me fazia sonhar em tempos, e que enchia o meu coração de um conjunto de sensações. Palpitava de sonhos e encantos. A música esteve sempre associada a minha vida, e todos os dias vou tendo essa percepção.

Um bem haja a todos os adolescentes e aos homens que têm escondidos um espírito adolescente dentro deles....



Smashing Pumpkins - Rocket

segunda-feira, fevereiro 16

Amanhã é um novo dia...


Sim...é verdade...
Admito-o...
As pessoas têm-me desiludido...
Aliás acho que isso se nota...
Também é verdade que sou o único culpado...
A verdade é que isso me vai passando ao lado...
Vou parar de pensar nessas coisas...
Atitudes menos felizes e faltas de personalidade está o mundo cheio...
Não falta gente parecida que devem ser metidos no mesmo saco...
O que ganho em perder tempo a pensar em porquês?
Rigorosamente nada diria eu...
A vida encarregar-se-há de explicar os factos com naturalidade...
Só quero perto de mim quem merece a minha amizade...
Amanhã é um novo dia...
As lições aprendem-se e corrigem-se...
Hoje sinto-me bem comigo...
E sabem que mais?
Amanhã vou-me sentir ainda melhor...
A vida é para ser levada assim...
A sorrir!

Nina Simone - Feeling Good

sábado, fevereiro 14

Banalidades...


Hoje apetecia-me ter conversas banais, conversar sobre as maiores banalidades para variar um pouco. Estou cansado de ser complexo e complicado. Aliás, estou cansado de pessoas complexas e complicadas. A essência da vida sente-se nas conversas mais informais e despreocupadas.

Penso que chegamos a uma altura da nossa vida que nos cansamos de filosofias e de histórias politicamente correctas. Durante muito tempo preocupei-me em ir mais além em todas as questões, tentando conhecer tudo o que me despertava interesse mais a fundo, mas neste momento penso que a banalidade reina e tendo nós direito à nossa diferença, de nada nos serve na realidade.

É óptimo sentirmo-nos diferentes e termos orgulho nisso, mas no entanto temos que nos reger pelas regras que a sociedade nos vai impondo. Temos que perceber que vivermos num mundo apenas nosso de nada nos serve. Cansei-me de tentar perceber essas questões e de falar da psicologia humana.

Não me vou deixar interessar pelas coisas, tendo meramente um único sentido superficial. Tenho a certeza que desse modo os pormenores nos deixam de incomodar e nem sequer nos conseguem fazer perder tempo a pensar neles. Bem sei que não devemos ir contra aquilo que somos, isso nunca, mas devemos criar filtros que nos impeçam de nos magoarmos com o ser humano.

Mas quem disse que viver era fácil? Detesto coisas fáceis, gosto deste jogo que é a vida, mas não podemos deixar que se torne um jogo viciado. Tenho que conseguir que depois de conhecer todas as regras, elas se possam adaptar à minha realidade, o que não se avizinha uma tarefa fácil, mas é apenas mais objectivo na minha vida.

Acho que sou um ser eternamente insatisfeito no que ao ser humano diz respeito, talvez por isso fale e escreva tantas vezes sobre esse assunto. Depois desta tentativa de compreensão, vou passar a olhar para as coisas e as pessoas de um modo superficial, deixando que a banalidade me invada e me conduza como faz com a maioria.

Estamos sempre a aprender e a moldarmo-nos à realidade que nos rodeia. É ponto acente que temos que lidar e conviver com as outras pessoas em sociedade, não nos podemos tornar autênticos ratos de esgoto. Desse modo, vamo-nos usar uns aos outros para benifícios momentâneos, fazendo um hino à banalidade e ao superficial.

Não vamos deixar de ter valores, nem de sermos nós próprios, isso não. Acho que nunca devemos perder a nossa identidade, mas passamos a usar uma máscara com filtros para nada nem ninguém nos incomodar. É tão bom acreditar em filmes "hollywoodescos" cor de rosa.

Desse modo vamos viver mais felizes, ou não, mas pelo menos fingimos que sim...



Kings of Leon - Use Somebody

sexta-feira, fevereiro 13

Love will tear us apart...


Muito já foi dito por esse nobre sentimento que é o Amor, e com toda a certeza muito ficará sempre por dizer. Há pessoas e coisas que por pequenos pormenores nos marcarão para sempre, mesmo que não passem de capítulos passageiros da nossa história.

Hoje apeteceu-me recordar aquela que para mim é a Banda e o som nostálgico e profundo que imprimiram em todas as suas músicas. Não se limitaram nunca a escrever e interpretar canções, era algo mais que isso. Diria que eram mágicos.

São a prova que os sentimentos não se medem pelo tempo que duram, mas pela intensidade com que são sentidos. Nasceram e morreram fiéis às suas crenças e aos seus valores. Tiveram um percurso curto é verdade, mas cheios de emoções e mensagens transmitidas através da música que tocavam.

Para mim, para vocês, para quem quiser ouvir...Ian Curtis com aquela que será uma música imortalizada:


Love will tear us apart - Joy Division




When the routine bites hard
And ambitions are low
And the resentment rides high
But emotions wont grow
And were changing our ways,
Taking different roads
Then love, love will tear us apart again

Why is the bedroom so cold
Turned away on your side?
Is my timing that flawed,
Our respect run so dry?
Yet theres still this appeal
That weve kept through our lives
Love, love will tear us apart again

Do you cry out in your sleep
All my failings expose?
Get a taste in my mouth
As desperation takes hold
Is it something so good
Just cant function no more?
When love, love will tear us apart again

segunda-feira, fevereiro 9

Reflexão...


Hoje acordei com o barulho do silêncio...


Passei o dia rir da minha vontade de chorar...


Abri guerra à minha paz interior...


Distanciei-me do meu objectivo mais próximo...


Libertei todos os meus fantasmas guardados...


Contornei todas as curvas desta etapa rectilínea...


Tornei-me ateu da minha própria religião...


Calado, gritei milhares de palavras...


Hoje não sou ninguém...


Amanhã sou EU mesmo.



The Unbelievable Truth - Solved

domingo, fevereiro 8

Ilusões...

Ao longo da nossa vida vamo-nos iludindo com as coisas e com as pessoas, fantasiando os nossos desejos de modo a que não possamos ser julgados. Estamos constantemente a ser assediados pelas emoções materiais, artífice das mais belas seduções, mas que nos vão criando equívocos sistemáticos. Este abismo está muitas vezes associado ao coração, que nos acompanha nas ilusões equivocadas, transcendendo a própria matéria.

Todos os dias criamos a ilusão de simplesmente sermos pessoas melhores ou de viver num mundo criado à nossa medida, onde somos nós que ditamos as regras e onde todas as nossas vontades são satifeitas. Os falsos valores invadem-nos e criam-nos a ideia que sem eles não conseguimos viver. Estranha forma esta de nos julgarmos insubstituíveis quando falamos das nossas ilusões.

Sentimo-nos injustiçados e enganados, porque vamos julgando que o Mundo tem que girar em nosso redor. Estas falsas metas e estes falsos desejos fazem com estejamos insatisfeitos e revoltados. A ilusão pode ser vista neste caso como um escape, como uma desculpa para uma realidade que não pretendíamos, mas que está acontecer.

A sinceridade que tanto almejamos pode-se basear nesta aceitação da realidade, deixando de criar ilusões fictícias nesta história longa que é a nossa vida. Bem sei que a vida muitas vezes é madrasta e nos castiga, mas a melhor de contornar o problema é aceitar as coisas com a maior das clarividencias.

Desengane-se aquele que julga que em nenhum momento da sua vida se irá iludir com alguma coisa ou com alguém. Como tantas vezes repito, sonhar é óptimo e irriga-nos o coração, mas devemos criar ilusões o mais realistas quanto possível. Não devemos fugir das situações, nada disso, devemos sim tentar controlar as situações de modo a não nos deixarmos levar. Temos que conseguir perceber o limite das nossas ilusões e quando devemos parar.

É normal que nos acompanhe a sensação de impotência perante algo que não conseguimos controlar. Infelizmente não conseguimos provar e mostrar a nossa realidade a toda a gente, e a vida é isto mesmo. É um jogo de sentimentos que tanto depressa nos faz rir, como que a seguir já nos está fazer chorar.

Quando se fala de ilusões, ninguém é culpado senão nós próprios. Não podemos querer que as pessoas nos vejam com os olhos que desejaríamos, não podemos querer que as pessoas tenham as mesmas vontades que nós, não podemos querer que vejam a mesma realidade que nós. Temos que seguir para um nível seguinte, deixando para trás um monte de expectativas e ilusões criadas inconscientemente pelo nosso cérebro, essa grande fábrica de sonhos.

Normalmente temos um corredor de portas e teimamos em abrir aquela que está fechada, tentando arranjar alguma forma de a conseguirmos abrir, mesmo que saibamos que é uma tarefa quase impossível. Na minha maneira de pensar a vida não faria grande sentido doutro modo, mas tendo sempre a consciência do limite para parar.

Não vale a pena tentar criar a ilusão de que não nos iludimos...



Mojave3 - Some kinda Angel