quarta-feira, abril 30

As melgas...



Hoje vou falar de um tema um pouco fora do comum, ou infelizmente talvez não. Após uma noite mal dormida, devido a estes seres voadores que são as melgas, decidi reflectir um pouco sobre isso. Bem sei que melgas há muitas, principalmente pessoas, mas este tipo de insecto abunda na nossa vida. Há seres que coabitam connosco neste mundo, que a meu ver só servem para atrapalhar, por muito sarcástico que possa parecer. Há seres como melgas, mosquitos e moscas que têm a capacidade de me tirar do sério, e diga-se que não é tarefa fácil. Como conseguem seres destas dimensões tão ínfimas irritar-nos? Qual a sua utilidade senão para nos massacrar e nos fazerem sucessivos testes de paciência?

Esta semana, após um dia cansativo, eis que dou por mim na minha cama. Após aquela sensação de prazer de esticar o corpo, começo naquele momento "Zen" de introspecção, já prestes a dormir. Tudo corrias às mil maravilhas, até que oiço um pequeno zumbido. Aquele zumbido que, apesar de suave, naquele silêncio total parece que entoa e se ouve a três quarteirões. Não me queria acreditar que, não estando ainda o calor instalado, estes seres já tinham vontade de dividir o quarto comigo. Obviamente me senti logo culpado, por ter estado à janela do quarto como a "Carochinha" . Eles devem ter sensores ou qualquer coisa do género que os avisa, não é só a luz de certeza. Mal abrimos a janela, eles devem estar prontinhos a entrar, como se uma discoteca se tratasse. São aos milhares e fazem fila para nos vir azucrinar o juízo. O pior é que não os convidei para entrar, muito menos me pediram. Parece-me à primeira vista invasão de privacidade.

Quando dou por mim, andava já à horas de chinelo na mão, de óculos, à procura desse ser incomodativo e irritante. Cenário decadente. E o pior de tudo, é que não a encontrava e elea teimava em não aparecer. Já me soava a filme de terror, olhando para o relógio e pondo em causa ter que ir domir para outro lado, deixando o meu quarto para esse ser estranho que se apropriou do meu espaço. Quem já não estava bem no meu quarto era eu. Comecei a equacionar se não deveria ser ao contrário, as visitas estarem meias incomodadas, mas não me pareceu de todo. Sempre que acendia a luz para o procurar, a melga encondia-se tão bem que não havia maneira de a encontrar. Tentei de tudo, até acender a luz do corredor, para ver se ela se escapava para lá, mas infortunamente foram sempre tentativas frustradas. A melga estava a levar a melhor, e teimava em zumbir perto de mim sempre que decidia apagar a luz e tentar dormir novamente.

Já cansado deste jogo de "escondidinhas", fazendo-nos recordar a infância, decidi que ía fintá-la. ("Meu Deus, ao que nós chegamos!") A hora já ía avançada, e decidi usar a estratégia de alguns animais primatas na selva em busca da sobrevivência, ou seja, fingi-me já a dormir, com o chinelo na mão, preparado para a eventualidade. Finalmente ela caiu na esparrela, e ao fim de alguns minutos resolveu dar sinal de vida. Seguia-a com o olhar como uma perseguição policial e aqui vai chinelada contra a parede. A minha vizinha devia pensar que tava a fazer obras de madrugada, visto as chineladas terem sido algumas e bastante ruidosas. Eis por fim que consegui liquidar esse ser irritante. Depois de todo este trabalho, ainda tive que ir limpar a parede, não fosse o meu quarto um dia parecer um cemitério de melgas. E o pior, é que os familiares podiam querer vir ao funeral, ou visitar as campas e eu não estou nessa disposição. Era o que mais me faltava.

A todos vocês que já passaram por isto, ou ainda vão passar, eu recomendo calma e alguma perícia, porque não se torna uma tarefa fácil de todo. No final sentimo-nos capazes e corajosos, mas no fundo apenas derrotamos um ser de três milímetros que à nossa beira deveria ser inofensivo, mas que na realidade não é bem assim.

Se conhecerem algumas melgas, avisem-nas para não me fazerem visitas nos próximo tempos, porque eu vou estar atento e munido de artilharia pesada (aka chinelos com pitões de alumínio)...

terça-feira, abril 29

B-52's...


Inacreditável ou talvez não, 16 anos depois os B-52's lançaram um novo álbum.
"Funplex", um novo trabalho de estúdio do grupo norte-americano, que foi finalmente lançado em escala mundial.

A música aborda a habitual temática do consumismo exagerado e da cultura do shopping center. Apesar de parecer uma ideia dos anos 50 e tema para artistas da pop art, a proposta assumidamente retro da banda faz esquecer que o o tema é velho.

O espírito festivo continua lá, bem como o mesmo fervor habitual demonstrado em todos os discos de até então. Pela garra, pela dedicação e por uma longa carreira, mereciam ser destacados.

O álbum contém as seguintes faixas:
  1. "Pump"
  2. "Hot Corner"
  3. "Ultraviolet"
  4. "Juliet of the Spirits"
  5. "Funplex"
  6. "Eyes Wide Open"
  7. "Love in the Year 3000"
  8. "Deviant Ingredient"
  9. "Too Much to Think About"
  10. "Dancing Now"
  11. "Keep This Party Going"
Aqui fica o primeiro vídeo deste álbum...



B-52's - Funplex

A.O.A....


Hoje vou falar de uma nova Associação que está a implementada em Portugal à muitos anos, e que tem cada vez mais adeptos. Este grupo de pessoas aumenta exponencialmente, quase ao ritmo da abertura de lojas chinesas. Falo da A.O.A (Associação de Observadores de Acidentes). Com a quantidade de carros nas estradas a aumentar e o consequente aumento de sinistralidade, esta Associação ganha novos adeptos todos os dias, alguns deles fanáticos, bem ao estilo dos "Tifffosi" mais fulgorosos.

Penso que esta paixão de observar acidentes por parte de tantos portugueses, só prova como somos um povo acolhedor e solidário. Constato que existem muitos portugueses com veia jornalística, que usando os seus dotes, abrandam a velocidade para observar todos os pormenores dos acidentes, chegando muitas vezes a parar os carros e a tirar fotografias. Deste modo nada lhes escapa. Sim, porque um bom jornalista anda sempre de máquina fotográfica ou telemóvel à mão para estas ocasiões.

Os membros desta associação, são difíceis de identificar, mas podem estar ao virar da esquina. Muitos deles identificam-se pelo colete reflector colocado no banco do condutor, de modo a poderem fazer uma "reportagem" no meio da estrada a qualquer momento. É uma imagem de marca destes adeptos fervorosos. Estas coisas não se prevêm, e como tal, mais vale prevenir. Estão sempre prontos a contemplar mais um acidente, e fazer o próprio relatório com a conclusão muito própria do acontecimento. É típico nestes portugueses darem palpites sobre como aconteceu, como poderia não ter acontecido, e como poderá voltar a acontecer.

Claro que estes abrandamentos e estas paragens, provocam imensas filas, algumas de quilómetros, mas isso é o menos importante. Importante mesmo, é podermos perceber como tudo aconteceu, e quem é o culpado do quê. Os pós-acidentes provocados por estas reportagens repentinas dos membros desta Associação, são meros ossos do oficío, e com os quais temos que saber lidar da melhor forma. Além do mais temos que compreender que estão em "serviço". Curioso ou talvez não, é que normalmente as filas maiores numa via rápida ou numa auto-estrada, são em sentido contrário. São filas provocadas por "jornalistas" que tiveram a infelicidade de estar em sentido contrário ao acidente, e não conseguem visualizar ao pormenor todos os acontecimentos.

A nós que vamos atrasados para trabalhar ou para onde quer que seja só no resta ter paciência e compreender que está muita gente de serviço no local. Buzinar ou insultar de nada nos serve, aliás nem nos ficaria bem. Devemos sorrir e saudar este povo amável, sempre pronto a ajudar. Se não estamos com disposição para isso, só nos resta rezar e pedir a Deus que nunca haja uma acidente nos momentos em que estamos atrasados, ou nos momentos em que simplesmente não temos paciência para estar horas a fio numa fila interminável...

Se tens mais de 18 anos, carta de condução, gostas de contemplar a desgraça alheia e tens um gosto terrível por "cuscovelhice", então poderás fazer parte desta Associação de Observadores de Acidentes desde já. A Associação oferece a todos os novos inscritos um colete reflector com o logo A.O.A. inscrito nas costas.

Não percas tempo...

segunda-feira, abril 28

Os extremos...


A maioria do ser humano é de extremos. Talvez sejamos levados por esse caminho, mas que nem sempre se torna positivo. Somos os eternos insatisfeitos, e andamos sempre em busca do que não temos e de quem não temos. Por vezes, nem o "Tudo" nos contenta. Tornamo-nos fiéis mercenários desta luta interna entre o "Tudo" e o "Nada".
Somos vítimas das nossas próprias expectativas em relação à vida, que são na maioria dos casos, bastante elevadas.
Ambicionamos tudo aquilo que sonhamos, e muitas das vezes, as nossas expectativas são defraudadas. Bem sei que sonhar é fantástico e "comanda a vida", como diria alguém, mas cria-nos dependências cerebrais como se de um vício se tratasse. Faz-nos caminhar a passos largos para o abismo.
Todos nós reclamamos um mundo perfeito, uma vida perfeita, uma relação perfeita, o que for, mas talvez por isso estejamos tantas vezes insatisfeitos ao longo desta vida.

Passamos a vida nesta busca insaciável de algo que não temos. Algo que queremos agora. Está inevitavelmente ligada à nossa relação menos boa com a espera. Saber esperar é uma virtude, é bem verdade, mas quantos de nós seremos capazes de o fazer? Eu próprio gostava de ser assim, mas não sei ser de outra maneira. A espera seja pelo que for, a mim mata-me lentamente, como já escrevi algures. Quero sempre as coisas para agora, ficando sempre com a ligeira impressão de que "ontem era tarde".
Temos que saber lidar com este síndrome, aprendendo a contorná-lo e melhorarando a cada dia que passa. O "agora" é de facto muito efémero e temos que saber esperar por um "amanhã" que ainda não nos pertence, mas que temos lutar por ele.

Vivemos na esperança de conhecermos os outros, quando na realidade não nos conhecemos a nós próprios. Os anos passam, mas as dúvidas existenciais ensistem em permanecer. Cada dia é uma surpresa. Torna-se portanto um pouco assustador quando pensamos que se não nos conhecemos a nós próprios, como iremos algum dia conhecer alguém na totalidade da sua essência? Parece-me uma tarefa árdua e pretensiosa até, se julgamos que algum dia o conseguimos. Não nos adianta portanto, fazer grandes futurologias, apesar de isso nos fascinar de algum modo.

A vida torna-se menos cinzenta quando tomamos consciência que estamos em constante aprendizagem, principalmente de nós próprios, do nosso "Eu". Não podemos querer sempre o "Tudo" ou o "Nada", temos que nos contentar com o intermédio. Essa situação radical de extremos, pode levar-nos a grandes dificuldades e tropeços no nosso caminho. Normalmente quando queremos tudo, acabamos por ficar sem nada, diz-nos a nossa experiência.

Só nos resta tentar elevar o "Tudo" a partir do "Nada"...

Vampire Weekend...


Os Vampire Weekend são compostos por Ezra Koenig (voz/guitarra), Rostam Batmanglij (Teclas e voz), Christopher Tomson (bateria) e Chris Baio (baixo). Vêm de Nova York e estão juntos desde Fevereiro de 2006.

O seu álbum de estreia, homónimo da banda, foi lançado em 29 de Janeiro de 2008 .Têm sido comparados com os The Strokes, principalmente com o seu álbum de estreia "Is This It" lançado em em 2001, que também teve grande sucesso. A simplicidade que mostram na sua música, bem como a influência de música pop africana, fazem deles uma mais valia no panorama actual. Tentam marcar a diferença num estilo musical, em que segundo alguns críticos, há muitas bandas similares e com a mesma sonoridade.
Estes norte-americanos actuam na Casa da Música, no Porto, no próximo dia 30 de Maio.

O álbum "Vampite Weekend" é composto pelas seguintes músicas:

1 - Mansard Roof
2 - Oxford Comma
3 - A-Punk
4 - Cape Cod Kwassa Kwassa
5 - M79
6 - Campus
7 - Bryn
8 - One (Blake’s Got A New Face)
9 - I Stand Corrected
10 - Walcott
11 - The Kids Don’t Stand A Chance


Vampire Weekend - A-Punk


quarta-feira, abril 23

The Raconteurs...


São banda americana de rock alternativo formada em 2005, em Detroit, cujos membros já eram conhecidos por outros projetos musicais. Jack White (White Stripes), Brendan Benson, Patrick Keeler(The Greenhornes) e Jack Lawrence (The Greenhornes e Blanche) fazem parte da formação da banda.
Lançam agora em 2008 um novo álbum. Este novo trabalho do grupo, sucessor de “Broken boy soldiers”, de 2006, chama-se“Consolers of the lonely”. O primeiro single é "Salute Your Solution".

As faixas que compõem este álbum são as seguintes:

1. "Consoler of the Lonely"
2. "Salute Your Solution"
3. "You Don’t Understand Me"
4. "Old Enough"
5. "The Switch and the Spur"
6. "Hold Up"
7. "Top Yourself"
8. "Many Shades of Black"
9. "Five on the Five"
10. "Attention"
11. "Pull This Blanket Off"
12. "Rich Kid Blues"
13. "These Stones Will Shout"
14. "Carolina Drama"




The Raconteurs - "Salute Your Solution"

Tindersticks...


Os Tindersticks finalmente estão de regresso. A banda de Stuart Staples, que não gravava há cinco anos, anunciou para o mês de Abril o lançamento do seu sétimo álbum, "The Hungry Saw". Estará disponível nas lojas a 28 de Abril.

No álbum, o vocalista Stuart Staples, o guitarrista Neil Fraser e o teclista David Boulter surgem acompanhados por Thomas Belhorn na bateria e Dan McKinna no baixo.

Os Tindersticks já disponibilizaram um tema, «The Flicker Of A Little Girl», na página que têm no Myspace.

As faixas que fazem parte deste álbum são:
  1. “Introduction”
  2. “Yesterdays Tomorrows”
  3. “The Flicker Of A Little Girl”
  4. “Come Feel The Sun”
  5. “E-Type”
  6. “The Other Side Of The World”
  7. “The Organist Entertains”
  8. “The Hungry Saw”
  9. “Mother Dear”
  10. “Boobar Come Back To Me”
  11. “All The Love”
  12. “The Turns We Took”





Tindersticks - The Flicker Of a Little Girl (live)

O Farol...

Hoje vou falar de uma paixão antiga. Os Faróis. Cada um de nós, ao longo da vida, vai criando adorações por coisas ou por pessoas. Muitas vezes coisas menos convencionais e um pouco estranhas. Desde miúdo que sempre tive uma adoração por essa estrutura magnífica e luminosa. Adoro a imagem visual criada por um farol no horizonte, com a sua linha interminável a rasgar o acaso. É dono e senhor da paisagem, assumindo a posição de solene guardião, mostrando com a sua imponência a necessidade da sua existência.

Os Faróis são dotados de um potente aparelho óptico, cujo facho de luz é visível a longas distâncias. Tornando-se de extrema utilidade para os barcos no mar.

A luz emitida pelos faróis pode ser dividida da seguinte forma: Fixa - Luz contínua com intensidade constante; Relâmpagos - A duração da luz e menor que a duração da obscuridade; Ocultações - A duração da luz é maior que a duração da obscuridade; Isofásica - A duração da luz e da obscuridade são iguais; Cintilante - A duração da luz e da obscuridade são iguais, mas com relâmpagos muito rápidos; Alternada - A cor da luz altera-se.
Por outro lado, a cor da luz dos faróis pode variar de acordo com convenções pré-definidas: Branco - é a cor tradicional, mais usada, na luz dos faróis; Vermelha - o vermelho é utilizado normalmente em faróis na entrada de barras, canais, rios, portos e docas, indicando que a embarcação tem de dar bombordo à luz; Verde - o verde é utilizado em faróis na entrada de barras, canais, rios, portos e docas, indicando que a embarcação tem de dar estibordo à luz.

Tenho a sorte de morar num sítio que me permite observar diáriamente essa estrutura que eu tanto gosto. Em Leça da Palmeira estamos privilegiados por essa nobreza que é o nosso Farol. O Farol da Boa Nova.
Devido aos sucessivos naufrágios e, em especial ao naufrágio do paquete inglês "Veronese", sentiu-se a necessidade de contruir o Farol de Leça. Foi inaugurado em 1927. Trata-se de uma farol muito alto, tornando-se muito elegante. Possui 47 metros, fazendo dele o segundo maior de Portugal. A cor da sua luz, branca, alcança aproximadamente 28 milhas náuticas (52 quilómetros). Por outro lado, o seu sistema luminoso é constituído por uma óptica de cristal direccional rotativa com seis lentes. O seu sinal luminoso distingue-o de todos os outros, por produzir três lampejos luminosos de 14 em 14 segundos.
Do cimo do farol conseguimos disfrutar de uma paisagem incrível e imensa.


Um dos próximos destinos de férias a ter em conta, é a Croácia, onde o turismo está ainda a começar. Trata-se de um país com uma beleza natural invejável, praias lindas, com a possibilidade de alugar um farol para dormir e passar uma férias inesquecíveis...eu irei lá com toda a certeza.

Parecendo um sonho, facilmente o tornamos realidade ...


terça-feira, abril 22

Saudades...


Tenho saudades...

  • De adorar comer "Bombocas" e utilizar a caixa para servir de palete de pinturas...
  • De ficar com dificuldade a mastigar uma "Super Gorila"...
  • De ficar com a cara toda lambuzada a comer "Algodão Doce"...
  • De ficar com a boca gelada com os gelados "Fá"...
  • De comer o pudim "Boca Doce" a saber a remédio...
  • De mastigar os "Sugus" todas as manhãs...
  • De beber os sumos "Caprisone" ou os "Bongo" sempre que a sede apertava...
  • De ficar a desfazer uma romã em frente ao televisor...
  • De fazer tentar juntar os cromos das cadernetas da moda, e haver sempre aqueles que eram quase impossíveis de nos sair...
  • Dessas figuras míticas que saíam nos bollycaos, os "Tou", em que as frases usadas eram sempre "Tou isto" ou "Tou aquilo"...
  • De esmurrar os joelhos por tudo e por nada...
  • De andar de carrinhos de choque...
  • De adorar ver filmes de Índios e Cowboys, a torcer sempre pelos Índios...
  • De fazer aviões tunning de papel para voarem mais tempo que os dos meus camaradas...
  • De beber chá de cidreira com a minha tia à noite, com o seu sabor memorável...
  • De ler todos os livros de "Uma aventura"...
  • De andar aos saltos com a "Bota Botilde"...
  • Da emoção existente em todos os filmes do Rambo...
  • De viajar para o Gerês, ao som dos êxitos de então...
  • De ter uma Fisga, e achar que era uma arma poderosa...
  • De receber cuecas e meias pelo Natal da minha avó...
  • De fazer colecção de tudo, calendários, moedas, selos, canetas e afins...
  • De me mascarar no Carnaval para ir para a escola...
  • De beber leite achocolatado oferecido na escola...
  • De usar uma t-shirt dos Cramps, tamanho M, pelos joelhos...
  • De ter que girar os números do telefone para telefonar...
  • De ler os livros da "turma da Mónica" com o Cascão, Cebolinha, Magali e companhia...
  • De ler e reler livros de banda desenhada, personagens que não esquecemos nunca, como tio Patinhas e companhia, "LukeLuke" ou "Ásterix e Obélix"...
  • De esperar sentado em frente à televisão que começasse o "Dartacão" e o "Tom Sawyer"...
  • Do genérico da "Abelha-Maia" e até da música do "Villy" (namorado gay da Abelha-Maia)...
  • Dos "amigos do Gaspar" e dos seus penteados esquisitos...
  • Do Badaró com o seu "Chinesinho limpa o pó!"...
  • Da emoção de ver a "Corrida Mais Louca do Mundo"...
  • Dos "Três Duques" e da forma incrível como entravam e saíam do carro...
  • De todas as personagens que compunham essa rua mais famosa do mundo, a "Rua Sésamo"...
  • Da forma espantosa como o "McGyver" fazia uma bomba com um canivete...
  • Dos encontros e desencontros que aconteciam no "Barco do Amor"...
  • Da eficácia em desvendar crimes de "Duarte e Companhia" com as suas gravatas minúsculas...
  • Da "Formiga Atómica" e das suas histórias hilariantes...
  • Das novelas brazileiras que nos acompanharam anos a fio, por exemplo, o "Sassaricando", o "Roque Santeiro", "A Tieta do Agreste", "A Cananga do Japão", etc etc...
  • "Do sítio do Pica-Pau Amarelo" e da famosa "galinha dos ovos de ouro"...
  • Do "Justiceiro" com o seu famoso carro "Kit", o meu carro de sonho durante anos a fio...
  • Do "Verão Azul" e da sua música que nos ficará para sempre no ouvido...
  • Dos "Jovens Heróis de Shaolin" e das suas façanhas arriscadas...
  • Dos verdadeiros crimes horrendos de "Crime, disse ela"...
  • Do destemido "He-Man" e do seu vigor perante as forças do mal...
  • De cantar a música do "Vitinho" quando íamos para a cama...
  • Das histórias preciosas dos "Marretas"...
  • Dos efeitos especiais dos "Transformers"...
  • Das "tartarugas ninja" e dos seus ensinamentos...
  • Das aventuras e desaventuras da "Super Avózinha"...
  • De brincar com os "Legos" e "Playmobil"...
  • De ver filmes clássicos, como o "Footloose" em Vhs...
  • De ver as grandes vitórias da nossa seleção nos "Jogos sem Fronteiras"...
  • De tomar banho de imersão...
  • De ligar a televisão ao domingo à tarde e estar sempre a dar o clipe da "Niquita" esse grande clássico do Elton John. Até hoje me pergunto onde está a Niquita?...
  • Do "Topo Gigio" e a sua fala engraçada em italiano...
  • De jogar aos Berlindes e ao Pião em plena rua...
  • De dominar o "Tragabolas" e o "Pulgas na cama"...
  • De jogar o "Pacman", o "Tetris" ou mesmo o "Pinball" em máquina com apenas quatro níveis...
  • Da maneira incrível como os "Ghostbusters" apanhavam os fantasmas...
  • De todos os discos dos "Onda-Choc", dos "Mini-Stars" ou mesmo dos "Queijinhos Frescos"...
  • Desse ser esquisito que dizia piadas a toda a hora, o "Alf"...
  • Do dedo que ficou para sempre na história do "Et"...
  • De acordar cedo ao fim de semana para ver "bonecada"...
  • Do "Popey" e da sua "Olívia Palito"...
  • Dos "Flinstones" e do seu famoso grito...
  • Do Herman José e a sua famosa personagem, o "Estebes"...
  • Jogar ao "Bate Pé" com as minhas vizinhas...
  • De jogar às "escondidinhas" ou ao "Quarto Escuro"...
  • De andar a pé para todo o lado, e dizer que aquilo que era a uns 5 km, era já ali...
  • De chegar a Junho e ter três meses de férias...
  • De jogar "Crapô" com a minha irmã horas a fio...
  • De esperar que começassem as nossas músicas favoritas na rádio, para as gravarmos em cassette...
  • De ouvir histórias começadas por "Era uma vez", e terminadas com "Viveram felizes para sempre"...
  • De dançar slows nas festas de garagem, a jogar o "Jogo da Vassoura"...
  • De ir a pé até a Ribeira e voltar no São João...
  • De ouvir na Rádio o "Jogo da Mala" com o António Sala, e também na tv o "Palavra-Puxa-Palavra"...
  • De acampar com os meus amigos...
  • Do cheiro das nossas camisolas de lã, quando apanhavamos uma chuvada na escola...
  • De esperar meia hora para jogar um jogo no Spectrum, e ele no final não entrar...
  • De combinar horas num sítio, sem ter possibilidade de ligar para o telemóvel...
  • De saltar o muro da escola para poder jogar Basket...
  • De levar o almoço para a praia ou para a piscina de Leça e passar lá o dia com os amigos...
  • Dos natais passados com toda a família reunida...
  • De me cortar todo a fazer a barba, quer dizer, o buço ou a meia dúzia de pêlos que assentavam na cara...
  • De ouvir o Fernando Pessa com o "E esta, heim?"
  • De andar de bicicleta por todo o lado...
  • De lançar o papagaio na praia...
  • De tocar às campainhas das casas durante a noite e fugir...
  • De fazer telefonemas anónimos a nomes suigéneres escolhidos na lista telefónica...
  • De usar pijama para dormir à noite...
  • De andar na camioneta que nos levava ao jogos de Basket do Leça F.C...
  • De dançar com uma boneca ao som dos Europe, com o seu sucesso "Final Countdown"
  • De comer broinhas de mel e ir para os treinos de camioneta atolada de gente, sem pagar bilhete...
  • De andar de eléctrico para ir para ao Porto...
  • De vestir as roupas e o calçado da altura...
  • De ir ao cinema "Chaplin" ver o "Sozinho em Casa", ficar na última fila, comer "torrões" e "Tau Tau", essas bolinhas apetitosas de chocolate estaladiço...
  • Dos cheiros que teimam em não desaparecer, como o cheiro do iogurte feito em casa...
  • De 1001 coisas que a nossa memória arquivou, sejam elas músicas, programas de tv, hábitos, qualquer coisa, e nunca mais esqueceremos...
São memórias como estas, que fizeram parte do nosso crescimento e da nossa evolução, que teimam em ficar na nossa memória para sempre.
Recordar é viver, e acredito que todos nós tenhamos uma história para contar.
É por isso que vivemos, para fazermos história. Porque um dia, inevitavelmente, vamos passar à história...

segunda-feira, abril 21

The Kooks...


São uma banda britânica formada em Brighton em 2004. A banda foi formada no colégio onde todos estudavam, Hoover High School. O nome The Kooks foi tirado do álbum “Hunky Dory”, 1971 de David Bowie.
Gravaram um EP de estreia e tocaram no Brighton’s Free Butt Festival. Rapidamente assinam contrato com a Virgin Records.
Pritchard escreveu o hit da banda, “Naive”,quando tinha apenas quinze anos, e que está inserido no primeiro álbum da banda, Inside In/Inside Out. O álbum já vendeu mais de um milão de cópias e atingiu a terceira platina.

Foram a banda "Melhor Nova Revelação" em 2006 no Q Award e receberam também o prémio de Melhor Revelação Inglesa e Irlandesa em 2006 pela MTV Europe Music Awards.

Este segundo álbum, "Konk", foi produzido por Tony Hoffer e saiu agora no mês de Abril.

As músicas que fazem parte do álbum são: “See The Sun”, “Always Where I Need To Be”, “Mr. Maker”, “Do You Wanna (Make Love To Me)?”, “Gap”, “Love It All”, “Stormy Weather”, “Sway”, “Shine On”, “Down To The Market”, “One Last Time” e “Tick Of Time”.

Aqui fica o vídeo do primeiro single deste álbum, "Allways Where I Need To Be"...


Amanhã...


"Amanhã é sempre longe demais" diriam os Rádio Macau no longínquo ano de 1984...ora nem mais, diria eu.

Penso que será um mal comum, porque todos nós sofremos um pouco desse síndrome que é adiar as coisas para "amanhã". Todos nós tentamos fugir aos problemas que nos vão surgindo, tentando adiá-los para depois, como se de uma fuga se tratasse. O problema é que muitas vezes adiamos coisas, que tornam contornos irreversíveis, que nem sempre conseguimos remediar.
Fico com a sensação que todos nós escondemos um pouco os nossos sentimentos, por exemplo. Esperamos demasiado pelas coisas e nem sempre lutamos por elas. Deixamos sempre para mais tarde aquilo que poderíamos ter dito ou feito hoje. Obviamente que o "amanhã" é um escape, porque o "hoje" nos assusta e não sabemos lidar com ele da melhor forma.

Vivemos numa sociedade em que deixamos as coisas andar, tornamo-nos demasiado vítimas de nós próprios, dos nossos medos. Estou convicto que a maioria de nós, em alguma ocasião da sua vida, já teve uma das piores sensações que existem...que é o "Não ter tentado". Penso que o não tentar algo, acaba por se tornar um fantasma dentro de nós. Uma sombra que nos acompanha ao longo da vida. Por isso mesmo, acredito que nunca devemos adiar seja o que for para mais tarde. Quem por norma fica a perder, somos nós próprios. Devemos ir à luta por tudo aquilo que desejamos, com toda a nossa força, como se não houvesse um amanhã. Perdemos demasiado tempo a pensar, e posteriormente, a reagir. Muitas vezes com pensamentos supérfulos, que só nos levam ao negativismo e se assola de nós próprios como se de uma doença se tratasse.

Penso que não nos devemos satisfazer com o médio, e procurar sempre o bom. Mantemos coisas na nossa vida, como relacionamentos, actividades, amizades, o que for, meramente por medo de arriscar. Mas, quando resolvemos arriscar, muitas vezes já é tarde e nada nos resta a não ser a conformação de mais uma situação adiada e perdida por demérito próprio.
Nós próprios temos que estar sempre em primeiro lugar, procurando a nossa felicidade, sem ter medo de arriscar. O risco está inerente à nossa vida, e muitas vezes dá um colorido especial à nossa vida, porque bem lá no fundo, todos nós gostamos de andar um pouco na corda bamba, de maneira a fugir à rotina e com objectivos para lutar.

A vida pode tornar-se bem mais interessante, se todos lutarmos por aquilo que queremos, sem esperarmos por amanhã, até porque ontem já era tarde, Guardamos demasiado as coisas para nós próprios, principalmente os sentimentos. Temos medos, mas esses medos não podem fazer com que continuemos a adiar a procura dos nossos objectivos.

Vamos à luta, vamos fazer "hoje" aquilo que "amanhã" não sabemos se seremos capazes de fazer, ou pior ainda, se teremos oportunidade de o fazer. Vamos agarrar as oportunidades, vamos abrir o nosso coração e a nossa mente...

Porque hoje é o "Primeiro Dia do Resto das Nossas Vidas!"...





Rádio Macau - "Amanhã é sempre longe demais"

sexta-feira, abril 18

The Last Shadow Puppets...


The Last Shadow Puppets é a nova banda de Alex Turner, dos Arctic Monkeys.

Os Last Shadow Puppets são compostos por Alex Turner, dos Arctic Monkeys, e Miles Kane, dos The Rascals.

O primeiro álbum da dupla, "The Age of the Understatement" , chega às lojas a 21 de Abril e já tem vídeo para o single inicial.


O alinhamento do álbum é o seguinte:

“The age of the understatement”
“Standing next to me”
“Calm like you”
“Separate and never deadly”
“The chamber”
“Only the truth”
“My mistakes were made for you”
“Black plant”
“I don’t like you anymore”
“In my room”
“Meeting place”
“The time has come again”

O tema-título é gravado na Rússia e fica aqui o vídeo...


quinta-feira, abril 17

Amizade...


"A verdadeira amizade é aquela que o vento não leva e a distância não separa"

Não consigo imaginar a minha vida sem a presença dos meus amigos. Estiveram sempre presentes comigo nos piores e melhores momentos da minha vida. Penso que sem eles nada teria significado, é neles que vou buscar a força que preciso para encarar todos os problemas e novos desafios com que me vou deparando.

É curioso tentar lembrar-me de todos os momentos que já passamos juntos, a histórias eternizadas. São coisas que nos marcam para sempre e nunca mais esquecemos. Fico com "aquele" brilho nos olhos só de me tentar lembrar de algumas peripécias que fizeram parte do nosso crescimento. São experiências únicas que, com toda a certeza, dariam para escrever muitas páginas de texto. Mas não pretendo aqui relatar as histórias todas, até porque me fazem sentir mais velho ainda, e não haveria espaço para elas. A barreira dos 30 aproxima-se a olhos vistos e isso assusta-me bastante. Um dos primeiros sinais, é quando começamos a ser convidados para casamentos e de amigos e não de familiares como era comum até então. Esses dias são um verdadeiro rodopio de sentimentos eloquentes, que nos deixam bastante nostálgicos.

Para mim os amigos são parte da minha família. Fazem parte de mim, são o meu pilar emocional, neles me revejo e encontro a minha estabilidade. Só eles me conhecem bem, me entendem e ajudam sempre que preciso. São os únicos que oiço com atenção, dos quais realmente me importa a opinião. Por muito que não me digam sempre aquilo que eu quero ouvir, são eles que têm a capacidade de me fazer ver as coisas que nem sempre são visíveis aos meus olhos. Posso dizer que são o meu "porto de abrigo". Por eles farei sempre tudo o que estiver ao meu alcance, para os ajudar da melhor forma possível.

Este post é uma dedicatória a todos os que fizeram e fazem parte da minha vida. Obviamente que estou a falar dos amigos que gostam de mim e me querem bem. Aqueles que não preciso estar diáriamente para saber que posso contar com eles sempre que precisar. Há "amigos" e "amigos". Há aqueles amigos que são para a vida, e que nunca esquecerei.

Vocês, meus amigos, sabem quem são e não preciso enunciar os vossos nomes. Espero que nos possamos manter por perto durante muitos e muitos anos. Quero ser um tio presente dos vossos filhos. Quero partilhar a minha vida sempre com vocês.

Para este texto não roçar o lamechas, apesar de ter andado lá perto, vou terminar com apenas algumas fotos de alguns momentos que passamos juntos...obviamente que não terei fotos de todos os momentos, mas tenho de alguns.

Momentos que ficarão para sempre eternizados na minha memória...


quarta-feira, abril 16

The Kills...


Os The Kills são uma banda de Rock, formada pela norte-americana Alison "VV" Mosshart (voz e guitarra) e pelo britânico Jamie "Hotel" Hince (voz, guitarra e bateria).

Antes de se juntarem já ambos tinham feito parte de outras bandas. Alison fazia parte da banda de Punk Rock "Discount", e Hince fazia parte do grupo de Rock "Scarfo". Conheceram-se quando Mosshart ouviu Hince a ensaiar num quarto de hotel, por cima do seu.
Começaram por enviar os trabalhos por correio mas, passado alguns meses, Mosshart decidiu deixar a Flórida e viajar para junto de Hince, em Londres.

Em 2002, fizeram parte da composição Restaurant Blouse, incluída na compilação "If the Twenty-First Century Did Not Exist, It Would Be Necessary to Invent It".
Pouco tempo depois editam o primeiro EP, "Black Rooster EP".

No ano seguinte, gravam o seu primeiro álbum "Keep on Your Mean Side", nos estúdios Toe Rag Studios, onde os White Stripes já tinham gravado o seu famoso álbum "Elephant". Eles que já por diversas vezes tinham sido comparados aos White Stripes pela crítica.

Em 2005 lançam o segundo álbum "No Wow", onde apresentam uma sonoridade menos rock, com influências pós Punk e New Wave.

Em Março deste ano, 2008, lançam o novo álbum "Midnight Boom" que teve em como primeiro single o tema "U.R.A Fever".

No site da banda tem um desafio para os fãs: remixar o single e a música "Cheap & Cheerful". A banda escolherá depois os seus favoritos.

Site oficial: http://www.thekills.tv

Parece-me um excelente disco. Para ouvir com mais atenção...




The Kills - U R A Fever







The Kills - Cheap and Cheerful

Spoon...


Os Spoon são uma banda americana originária de Austin, Texas. A banda é composta pelo vocalista Britt Daniel (vocal, guitarra); Jim Eno (bateria); Rob Pope (baixo) and Eric Harvey (teclado, guitarra, percurssão e backing vocal). A banda possui estilo próprio underground.

Formaram-se 1994 por Britt Daniel e Jim Eno numa festa na Kimbolton Avenue. Escolheram o nome da banda para homenagear uma banda que tinha uma música com o nome “Spoon”, que eram os alemães "Can" e que também era o tema de um filme.

Em 1994 lançam o seu primeiro EP em vinil: "The Nefarious EP", depois seguiram-se os álbuns "Telephono" (1996), "A Series of Sneaks" (1998), "Girls Can Tell" (2001), "Kill the Moonlight" (2002), "Gimme Fiction" (2005) e por fim, "Ga Ga Ga Ga Ga" (2007) que subiu até ao nº 10 do top dos Estados Unidos.

Todos os álbuns dos Spoon são de excelente qualidade, mas este "Ga Ga Ga Ga Ga" conseguiu reunir um maior consenso por parte dos críticos.

Aqui ficam dois vídeos deste último albúm...





Spoon - "Underdog"







Spoon - "You got Yr.Cherry Bomb"

O destino...


A pergunta que hoje se impõe é: "Acreditas no destino?"

Supostamente o destino está relacionado com a ordem natural estabelecida do universo.
Habitualmente é concebido como uma sucessão inevitável de acontecimentos desconhecidos. Muitas vezes é usado para tentar explicar o absurdo dos acontecimentos existênciais. Será que é?

Todos nós nos interrogamos se por detrás da nossa vida não existirá algum tipo de razão ou de ordem. São essas mesmas dúvidas que por vezes, tornam a nossa vida tão misteriosa. Podemos ser descrentes, e acreditar que tudo aquilo pelo qual somos regidos está baseado na Ciência, ou seja, na Física, na Química ou na Biologia.
Eu acredito na Ciência, é base da minha formação mas, estou cada vez mais convicto que existe um destino traçado para cada um de nós.

A questão que se coloca agora, é até que ponto ele interfere nas nossas vidas, nas nossas escolhas. Alguns de nós preferem não acreditar, concordo que hajam discórdias.
Tudo aquilo que programamos para a nossa vida, pode acontecer ou não, e podemos acreditar que caso aconteça ou não seja causado pelo destino. Aqueles que são crentes, que têm fé em algum Deus, à partida, acreditam quem há um único Deus supremo que tem o poder e o controlo sobre tudo.

Para mim o destino existe mesmo. O destino é uma encruzilhada com vários caminhos, que nós escolhemos qual o rumo a seguir. Claro que podemos ir na corrente, seguir o caminho por onde todos vão, ou deixarmo-nos levar por onde os outros querem que nós vamos. Mesmo tomando essa opção de não fazer nada, pode fazer parte de uma escolha. Cada vez acredito mais nele. Costumo retratar o destino como se de uma imagem fantasiada se tratasse. Como se o destino de repente nos colocasse num corredor cheio de portas. Como se aparecermos ali fosse a obra do destino. A partir daí, a escolha de entrar nesta ou naquela porta, vai partir de nós próprios, da nossa intuição pessoal. Obviamente que entrar ou deixar de entrar pode sempre ser visto como destino.

Como todos os temas que no fundo desconhecemos, este também me parece bastante interessante e subjectivo.

Caso para recordar aqui esse grande clássico da música ligeira portuguesa: "Ai destino, Ai destino"...

terça-feira, abril 15

A Praia...


Quando pensamos em praia, a primeira coisa que nos ocorre, é a imagem do Verão, do calor, da descontração, das férias, de tudo aquilo que a praia nos transmite quando usufruimos dela nessa fase do ano. Serão concerteza os melhores meses do ano, em que o clima é o principal motivo de deslocação dos veranianos para as praias. São tempos fantásticos, em que aliamos o período de férias a esse cenário tão especial. Aguardamos ansiosamente durante todo o Inverno que cheguem esses dias longos, cheios de sol, alegria e descontração.

Em termos pessoais, apesar de essa ser uma altura que adoro, sem dúvida que não é a altura em que a Praia mais me fascina. Durante todo o ano, tento sempre ter o mar e a praia perto de mim, tirando partido de tudo aquilo que eles têm para nos oferecer. Ajudam-me a carregar baterias, a descontrair e sentir-me mais forte. É fantástico tentar obter forças vindas do mar, esse "Sr." tão poderoso da nossa Natureza. Talvez dos mais fortes. Consigo ficar horas seguidas a olhar para o mar, sem sentir que é uma imagem monótona. Bem pelo contrário. Toda aquela envolvência desperta em mim sensações únicas de reflexão e poder.

Como já disse algures, são as pequenas coisas e as pequenas sensações que acabam por nos marcar para sempre. Os "tais" pormenores. Quem não adora a sensação de andar descalço na areia? Quem não adoro o sabor da pele com água salgada? Quem não adora o cheiro a maresia que sentimos junto à praia? Quem não adora estar na praia até perto do anoitecer? Quem não adora ir até à praia à noite? Quem não adora a sensação de liberdade que sentimos dentro do mar?
Há imensas sensações únicas a enunciar quando falamos de mar ou de praia...

Como todos os comuns aguardo com alguma ansiedade pelo início do Verão para tirar partido de algumas sensações destas referidas, que nem sempre é possível pôr em prática durante os meses mais frios.
Além disso, e todos nós o sabemos, durante a época de calor todos andam mais felizes e alegres, transbordando energias positivas. Sente-se um clima geral de alegria e positividade!

Faço aqui referência a esse filme que adoro, que se entitula de "The Beach" , e me faz ter vontade, tal e qual no filme, de abandonar tudo em prol de viver com alegria e paz num sítio paradisíaco!

Sem dúvida que é tentador...quem sabe um dia...



segunda-feira, abril 14

Eu vou...



Após ter visto o cartaz do Rock in Rio no dia 6 de Junho, a única coisa que me sugere dizer é: "Eu Vou"...

O Rock In Rio Lisboa arranca dia 30 de Maio no Parque da Bela Vista e será dividido por duas partes, a primeira a decorrer entre 30, 31 de Maio e 1 de Junho e a segunda nos dias 5 e 6 de Junho.

O cartaz está supostamente fechado, e que cartaz, diria! A organização decidiu satisfazer os “inúmeros pedidos do público” e trazer os Muse até Portugal. O grupo de Matthew Bellamy encontra-se a gravar aquele que será o seu quinto álbum de originais e não tem prevista qualquer outra actuação na Europa até ao final do ano.


Os Muse juntam-se, assim, aos Kaiser Chiefs, Linkin Park, The Offspring, e Orishas, que actuam também no dia 6 de Junho no mesmo palco.





Será que é possível perder um dia como este? Não me parece...

Tokyo Police Club...


Os Tokyo Police Club são uma banda de Indie Rock de Newmarket, Canadá. São formados por Dave Moks (voz/baixo), Josh Hook (guitarra/percussão), Graham Wright (teclados/voz) e Greg Alsop (bateria/percussão).

A banda começou quando Greg, Josh, Dave e Graham sentiram a necessidade de fazerem música juntos, uma vez que terminaram a primeira banda meses antes.

Começaram a tocar vários concertos ao vivo em Toronto, e a ganhar reputação exuberante pelos concertos,que eram cheios de energia e adrenalina.

Em Janeiro, os Tokyo Police Club assinaram contrato com a reconhecida marca de Toronto, "Paperbag Records", para lançar o seu EP de estreia no Canadá.

Em 27 de Abril de 2006, "A Lesson in Crime" foi lançado nos EUA e Canadá (12 de Fevereiro, 2007, lançado no Reino Unido), e a banda passou os meses seguintes na estrada, trazendo o seu estilo post-pop para audiências em redor do Canadá, EUA e Europa.

O EP "The Smith" chegou a 14 de Fevereiro de 2007. Em 20 de Julho de 2007, no meio da tournée, em Omaha, Nebrasca, a banda anunciou o acordo com a editora "Saddle Creek Records" (De Omaha) durante um concerto ao vivo, para lançar o seu primeiro álbum, "Elephant Shell".

Um quarteto cheio de garra e com um bom disco de estreia. A não perder...



Tokyo Police Club - Tessellate

domingo, abril 13

Sentido Empírico das Ideias...


A noção que todos nós temos de pessoa humana é ambígua. Essa noção está relacionada com as nossas experiências ao longo dos anos. Nem todos nós temos a mesma sensibilidade para com as nossas vivências passadas. Criamos uma visão exaustiva, muito nossa, que nos acaba por marcar para sempre, como se de uma tatuagem se tratasse. Torna-se uma ideia irredutível, que nem sempre conseguimos simplificar no nosso pensamento. Obviamente não nos podemos cingir apenas às nossas vivências, mas sem dúvida, que elas conseguem marcar o nosso caminho.

Todos nós temos uma "pedra no sapato", uma história menos feliz. Uma coisa que se pudessemos alterar, o faríamos na hora de bom grado. Mas a nossa história não pode ser alterada, faz parte do nosso crescimento enquanto seres humanos. Alterar o passado ainda não é possível, só mesmo o futuro. Quer dizer, podemos cortar certas raízes que nos prendem ao passado, é verdade, mas fica sempre alguma coisa...não é de todo uma tarefa fácil descurar o passado!

Estou ciente que neste labirinto que é a nossa vida, nos vamos sempre cruzar com pessoas com cariz menos bom. Pessoas que de nós só merecem a indiferença e o desprezo. Há-de haver esse temor em encontrá-las, mas muitas vezes essas pessoas entram na nossa vida quando menos esperamos. Temos que saber lidar com elas e contornar todos os problemas que nos forem aparecendo. Nunca podemos criar grandes expectativas de ninguém, a não ser da nossa família e dos nossos amigos próximos. Com esses poderemos sempre contar nos piores momentos da nossa vida. Porque nos bons acabamos por não precisar de ninguém. Quanto ao resto, há-de haver sempre quem nos magoe de uma forma desmedida e gratuita. A ética e o "Feliz pa sempre" está nos filmes de Hollywood, que são isso mesmo, filmes que são impossíveis de transpor para a realidade. A nossa realidade é bem diferente.

Há duas palavras que não devemos pronunciar: Nunca e Sempre. Ou seja, nunca devemos dizer "Nunca" e nada é para "Sempre". Essas talvez sejam as nossas duas grandes verdades, incapazes de serem refutáveis. Devemos sempre estar cientes disso, para nos tentarmos magoar o menos possível, porque há-de sempre haver novos erros, novas pessoas, novas estapas, novos desgostos. Resta-nos estar preparados para quando isso acontecer, erguermos a cabeça e seguirmos para um novo desafio, porque aquele já acabou. Conseguir ter esta consciência, é fundamental, porque engane-se aquele que pensa que nunca vai passar por isso. É inato à nossa vida. São os alicerces deste grande prédio que é a nossa vida, que vamos contruindo por etapas.

Sempre ouvi dizer que a vida protege os audazes e os bons. Todos aqueles que tiverem valores e humildade, vencerão sempre a guerra, mesmo que percam algumas batalhas pelo meio. Quanto aos outros, aqueles que não têm valores morais, que se preocupam única e exclusivamente com eles e com as coisas mais insignificantes desta vida, a esses a vida nalguma fase se encarregará de lhes mostrar aquilo que eles de facto merecem.

Este post é dedicado a todos os seres que já foram magoados por alguém de alguma forma, mas que hoje em dia conseguem olhar para trás e perceber que tudo não passou de um acaso, acaso esse que tem o tamanho de uma gota no oceano. A importância dessas pessoas é essa mesma, ínfima perante todos os outros que estão mais além. Maiores valores se levantam, quando se fala por exemplo de fama e protagonismo barato que algumas pessoas pretendem alcançar a todo o custo. Apesar de nunca devermos falar daquilo que não tem importância, é sempre bom estarmos salvaguardados e longe de pessoas que nos fazem mal e nos prejudicam em todos os aspectos.

Parecendo um desabafo pessoal e uma história de mágoa, não é. Este post não é mais que um retrato geral do que, infelizmente, acaba por nos estar reservado em alguma fase da nossa vida.

Vamos agradecer a todos aqueles que nos querem bem, nos dão valor e gostam de nós. E alguns gostam mesmo muito...


A todos esses: "Muito Obrigado!"



The National...


Formados em 1999, os The National são uma banda de Indie rock de Cincinnati, Ohio.
As músicas são escritas e cantadas por Matt Berninger com a sua voz inconfundível, que soa a mistério e nos transmite sensações diversas.
O resto da banda é fomado por dois pares de irmãos: Aaron e Bryce Dessner e Scott e Bryan Devendorf. Padma Newsome, da banda Clogs, frequentemente colabora no teclado e nos arranjos da banda.
Não são muito conhecidos em Portugal, mas acredito que venham a ser.

A banda criou a sua própria editora, a Brassland Records e em 2001 gravou o álbum de estreia intitulado "The National". O segundo álbum "Sad Songs for Dirty Lovers" surgiu um pouco depois, em 2003. Mais tarde, assinaram pela Beggars Banquet Records e editaram o álbum mais aclamado pela crítica em 2005, "Alligator". Este álbum foi considerado como o melhor do ano para uma impressa especializada nos Estados Unidos (LA Times, Uncut, Insound). Em 2007, a banda "The National" lançou o seu último álbum de originais "Boxer".

Há bandas que merecem um destaque diferente. Esta é uma delas.




The National - Fake Empire








The National - Mistaken for strangers

sábado, abril 12

Insónias...


As insónias caracterizam-se pela falta de sono, ou mais especificamente, pela dificuldade em iniciar ou manter esse ritual diário.

As insónias no meu caso são raras mas, quando acontecem, criam em mim uma tendência imensurável para a reflexão. Dou por mim a pensar nas coisas mais ridículas que possamos imaginar, só possíveis num dia com falta de apetite para o sono. A cama torna-se desconfortável e não temos posição possível para dormir. Tudo incomoda, até o sino da igreija a tocar lá ao fundo de hora em hora. Ouvimos todos os ruídos, até mesmo o vizinho a escovar os dentes.

Parece-me de facto uma vida muito rotineira essa de ter que chegar todos os dias e ter que ir para a cama a mesma hora de sempre, porque temos essa necessidade física de dormir. Essa "obrigação" não me soa muito bem, principalmente quando me lembro que passamos tantas horas da nossa vida no mesmo. Eu próprio sou suspeito, porque adoro uma noite bem dormida, então se souber que não tenho que acordar cedo dia a seguir, ou mesmo se estiver a chover a cântaros lá fora, melhor ainda. Estão reunidas as condições ideais para se passar uma noite de sono serena e sem grandes sobressaltos. Até a trovoada lá fora parece um cenário agradável à primeira vista. Quando estão reunidas todas as condições, todo o tipo de coisas começa a fazer sentido. O sono vem por arrasto e a cama parece mais confortável que nunca.

Acredito que haja muita gente que sofra deste problema, até porque a maior parte das vezes está associado a coisas menos boas. Está associado a stress diário e preocupações, tão comuns nos seres de hoje em dia. As depressões estão na ordem do dia, mas somos nós próprios que temos a solução para elas. Ninguem melhor que nós próprios para ultrapassarmos os nossos problemas internos e os nossos fantasmas. Sim, porque os fantasmas existem, mas é na nossa cabeça.
Esse jogo trivial suscita em mim um certo fascínio. Gosto de tudo aquilo que não consigo compreender e que não traz livro de instruções. Coisas que não são palpáveis.

Claro que depois há aquelas "insónias de amor", que umas vezes nos fazem palpitar o coração de tal maneira, que não conseguimos dormir com o bater tão forte do coração. Aquelas insónias que todos nós amamos de paixão, porque normalmente são raros, e só nos acontecem no início de qualquer relação. O tal fascínio do "início" que não vou explorar muito agora, porque iria alongar muito o texto. Outras vezes, também por amor, temos as insónias que nos fazem pensar meramente nas coisas más, também comum em todos os seres. Pensamos sempre em quem não devemos, e nas coisas que não devemos. Apesar das grandes diferenças entre todos (e ainda bem) no fundo reagimos quase todos da mesma maneira aos nossos problemas. É inato a todo o comum mortal.

As insónias conduzem-nos para leitura de livros forçada, para a audição de música depresiva e agora, pior de tudo, para a visualização desse aparelho que se designa por televisão. O que parece ser uma solução, rapidamente se torna num problema, quando vamos ver a programação dos canais a essa hora. Longe vai o tempo que dava o Rambo3 pela vigésima vez, mas que todos nós adoravamos rever. Mais tarde aparecerem os programas televisivos nocturnos onde, supostamente, se vendiam os melhores aparelhos para as costas, para a pele, para emagrecer, ou mesmo para acabar com as insónias! Mas na realidade produtos que só se tornavam interessantes pela falta de concorrência de melhor, o que foi ficando de lado graças à TVCabo que veio permitir ter acesso a mais canais. Canais que no fundo, bem expremidos, não fazem uns seis em condições, mas isso é outra história. O preço que pagamos pelo serviço monopolizado também é outro problema. Adiante.
Conheço quem tenha gasto pequenas fortunas nas televendas em objectos que acabou por nunca usar. Esses, com toda a certeza, acabaram com as insónias só para não gastarem mais dinheiro inutilmente.

Agora a nova pérola das pessoas que sofrem de insónias, é estar agarrado ao telefone a ligar para programas hiper-mega-didácticos que se intitulam de "Telefone toca, isto ou aquilo". Para mim é mais um programa pimba neste cenário circense em que se está a tornar o noss país. Acredito que as chamadas sejam ao milhares, que ainda haja quem não tenha bem noção da realidade, ainda assim, aparte do dinheiro gasto, não me parece de todo interessante resolver chalaças para crianças com menos de dez anos. "Saberão mais que um menino de dez anos"? A cultura neste país está nivelada por baixo, e quem sofre com isto são os pobres dos coitados que têm insónias, que antigamente liam umas páginas de livros e agora andam nisto...

Conclusão meus caros, parece-me bastante óbvio que o melhor é mesmo não ter insónias para evitar males maiores.

Tive mesmo que me conter no texto, porque com a crise que está a assolar o nosso país, "já nem se pode usar palavras caras"...

sexta-feira, abril 11

Rapidinhas de Abril...


THE BREEDERS - Após 15 anos do primeiro álbum, Kim Deal resolveu lançar um novo álbum. Chama-se "Moutain Battles" e diz-se que foi a sua digressão com os Pixies que lhe devolveu a vontade de voltar a gravar, ou então chateou-se mais uma vez com Frank Black e resolveu seguir um caminho diferente dos Pixies. É sempre de salutar o regresso desta grande banda dos anos 90.







Nick Cave & The Bad Seeds - Este grande senhor do Rock está de volta! Mais um grande disco, com uma produção mais simples, mas igualmente genial! "Dig, Lazarus, Dig!!!" Imperdível!







Aaron Thomas - Grande estreia! Grande voz com um som meio country a acompanhar. Este disco vai dar cartas com toda a certeza. Vamos aguardar para ver. "Follow The Elephants" é o seu nome.







Rita RedShoes - "Golden Era" é o nome do disco de estreia desta menina que acompanhava a banda Silence 4. Parece-me um bom disco, com uma sonoridade original e músicas com muito glamour. Está aqui a prova que em Portugal também se faz boa música. Parabéns!







Portishead - Dez anos sem gravar um disco, e conseguem aparecer com esta força e ritmo que nos contagiam e nos transportam para lugares longínquos, fazendo-nos lembrar os seus êxitos imortais. Só está ao alcance de alguns. Grande disco de regresso. "Third" é o seu nome. Não é por acaso, é porque na realidade é mesmo o terceiro disco da banda. Fascinante!







Vive la Fête - Os belgas estão de volta com mais um disco electrónico a soar a 80's! "Jour de Chance" dá nome a este álbum.







Dawn Landes - Esta americana lança agora o seu álbum de estreia, depois de já ter andado em digrassão com os Feist. Grande arranque! Muito bom! "Fireproof" é o nome deste disco que temos que ouvir mais cuidadosamente...








Muse - Num grande concerto de consagração duma das melhores bandas dos últimos anos, fica aqui este grande tributo à música tocada ao vivo. "Haarp" é o seu nome.