"Então é isto a permanência, o orgulho estilhaçado do amor.
O que em tempos foi inocência, posto de lado.
O que em tempos foi inocência, posto de lado.
Uma nuvem persegue-me, assinala todos os movimentos,
No fundo da memória, do que em tempois foi o amor.
Oh como percebi quanto necessitava de tempo,
Ajustando a perspectiva, tão difícil de encontrar,
Por um momento apenas, julguei que encontrara o meu caminho.
O destino desenrolou-se, eu vi-o escapar-se.
Pontos de carga excessivos, longe de todo o alcance,
Orações solitárias por tudo o que gostaria de guardar.
Vamos dar um passeio, ver o que podemos encontrar,
Uma colecção inútil de esperanças e desejos antigos.
Eu nunca imaginei as distâncias que teria de percorrer,
Todos os cantos escuros de um sentido que eu desconhecia.
Apenas por um momento, ouvi alguém chamar,
Olhei para além desse dia, não existe lá nada.
Agora que percebi como tudo estava errado,
Tenho de encontrar algum remédio, este tratamento é muito demorado.
Do fundo do coração onde a simpatia tem domínio,
Tenho de encontrar o meu destino, antes que seja muito tarde."
Ian Curtis - 1980
1 comentário:
"Havia um tempo, em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu
Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo se perdeu de mim
E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa o que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar
E agora é tarde, acordo tarde
Do meu lado alguém que eu não conhecia
Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia..."
Nada tem de parecido com a música que escolheste, mas em certo ponto, aqui também se descobre que afinal, alguém não é o vislumbre que imaginávamos.
O "remédio", é deixar de procurar.É aceitar o que acontece, naturalmente.Ou, fazer-mos com que aconteça.
Nunca é tarde para encontrar o nosso destino.Somos nós que o criamos.
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