quarta-feira, setembro 2

Paradoxos...


Hoje acordei a pensar nos paradoxos da vida. É curioso como adoro escrever sobre esse assunto e como esse ritmo de pensamentos constantes assola todo o meu ser. Nesta linha de pensamentos que mais soam a labirintos, encontro normalmente o meu caminho e a minha linha condutora. Essa é a tal "estrelinha" que dizem que existe e nos guia na direcção correcta.
Costumam dizer que os paradoxos são uma forma de explicar os fenómenos que afectam habitualmente as sociedades de hoje, no entanto nem sempre a explicação é fácil, nem tão pouco evidente.

Vivemos em constante mutação de sentimentos, onde os sabores e dissabores da vida nos ensinam a dar valor às mais pequenas coisas. Hoje em dia tenho noção que ao longo da minha vida nem sempre tomei as decisões certas, e nem sempre dei valor às coisas certas. Uma das coisas que eu aprendi e assimilei, foi que este tipo de sentimentos são muitas vezes os catalizadores para grandes mudanças e operações na nossa vida. As circunstâncias do momento levam-nos muitas vezes a operar grandes decisões.

Julgo que por outro lado passamos muito tempo da nossa vida a compartimentar certos momentos e a negar outras realidades possíveis, chegando mesmo a sermos algo preconceituosos ou repressores com as nossas próprias vontades. Não temos que corroborar todas as realidades que nos vão surgindo, mas devemos expandir a nossa mente de forma a podermos ter uma percepção mais apurada daquilo que nos rodeia.

Este avançado grau de fragmentação da nossa mente, é fruto da nossa insegurança e da nossa diversidade de pensamentos, causando os tais paradoxos da nossa vida. Temos por hábito distorcer as realidades conforme os nossos desejos, e por vezes temos grandes desilusões e tristezas. Ficamos vulneráveis às nossas frustrações e aprendemos a localizar os nossos limites, expandido o nosso "Eu".

Considero que esta é a grande beleza do paradoxo humano e das contradições lógicas. Conseguirmos provocar a nossa mente e os nossos pensamentos, extraindo da nossa mente a sensação e ilusão de estarmos a controlar a realidade e os factos da nossa vida...


Belle and Sebastian - The boy with the arab strap

1 comentário:

pixies disse...

Pois, lá está Renato...

As palavras...Sempre as palavras, ou então às vezes a ausência delas...
Ler é perigoso...Ou será que foi a "ler-te" onde residiu o perigo? É que pode fazer sonhar, interpretar e iludir...
Jogo complexo este da vida...
E, não, não é só pela identificação e empatia, é mesmo pelas circunstâncias...
Pois...mas há o preconceito. O medo do julgamento?

E um olhar.