quarta-feira, maio 28

Bastidores da vida...

Quando expostos ao palco principal das nossas vidas, estou convencido que a maioria de nós apresenta uma aparente incapacidade de ser sempre verdadeiro e genuíno, da mesma maneira que o somos nos bastidores. Há diversos motivos para isso acontecer, entre os quais o medo inconsciente que todos nós teremos em sermos nós próprios perante os outros. Acredito que tudo seria mais simples, se todos nós não sentissemos a necessidade de por vezes nos contermos nas palavras e nos actos. O mundo seria bem melhor se todos fossemos genuínos nos diversos capítulos da história da nossa vida.

Porquê encarnamos personagens e nos moldamos às situações? Gostava que as personagens não fossem pensadas nem criadas, de modo a trazer uma maior espontaneidade aos nossos actos e principalmente às nossas palavras. No cinema as histórias verídicas têm sempre um sabor diferente do que os filmes imaginados, por mais interessantes que até possam ser à primeira vista. Esta dupla personalidade que assumimos, faz de nós pessoas menos genuínas, sem dúvida. Bem sei que é muito complicado ser demasiado sincero com todas as pessoas, porque isso pode-nos trazer alguns dissabores, mas a magia da a vida é essa mesma.

Acredito plenamente que, apesar de termos que saber guardar trunfos pessoais para as alturas certas, só teríamos vantagens em sermos verdadeiros com os outros, e acima de tudo connosco próprios.
Vamos transportar para o palco principal as emoções que vivemos na intimidade dos bastidores da nossa vida...




Rodrigo Leão with Beth Gibbons - "Lonely Carousel"

Sigur Rós...

Os islandeses Sigur Rós vão editar o seu quinto trabalho de originais no dia 23 de Junho. O novo álbum, «Með Suð í Eyrum Við Spilum Endalaust», sucede a «Takk» de 2005. Traduzindo o nome do álbum: «Tocamos para sempre com um zumbido nos ouvidos».
Dispensam qualquer tipo de apresentações. Sempre nos habituaram a um som tão característico, com elementos simples, mélodicos e minimalistas.

Este álbum soa a mais alegre e colorido que os anteriores. Todos eles com o mesmo toque de magia que tanto os define. Grande música de abertura, com um excelente vídeo a acompanhar. Nada que não estejamos habituados.

O alinhamento completo do álbum é:

1. gobbledigook
2. inní mér syngur vitleysingur
3. góðan daginn
4. við spilum endalaust
5. festival
6. suð í eyrum
7. ára bátur
8. illgresi
9. fljótavík
10. straumnes
11. all alright



Sigur Rós - "gobbledigook"

terça-feira, maio 27

Infadels...

Os Infadels são mais uma banda vinda das terras de sua majestade, originária mais precisamente de Hackney. Foram fundados pelo baterista Alex Bruford (filho do mítico baterista Bill Bruford) em 2003.
Lançaram o primeiro álbum "We Are Not Infadels" em 2006. Após o lançamento do primeiro álbum, viajaram pela Europa e Austrália em concertos, abrindo concertos de Prodigy, Chemical Brothers e Faithless.

Lançam agora em 2008 o segundo álbum de originais que se entitula de "Universe in Reverse". Podemos comprá-lo a 16 de Junho. Parece-me um álbum muito interessante, apesar das comparações com outras bandas serem evidentes. Aqui fica um excelente vídeo de estreia, bem ao estilo de Hollywood.


Infadels - Make Mistakes

segunda-feira, maio 26

Cut Copy...

Os Cut Copy são uma banda de Melbourne, Austrália. Fazem parte da sua formação o líder e compositor Dan Whitford, o baixista e o guitarrista Tim Hoey e Mitchell Scott na bateria. São caracterizados pelo som Indie-Dance, com base no Punk e New Wave dos anos 80. Iniciaram a carreira em 2001 com um projecto de Dan Whitford.

Mais tarde, já em 2003 Whitford acabou por recrutar membros adicionais para a sua banda. Lançaram o álbum de estreia "Bright Like Neon Love" pela Modular Records em 2004.

Em 2005 fizeram a sua primeira tour internacional, visitando várias cidades, entre elas Londres, Nova York e Los Angeles. Tocaram com grandes nomes da música como, Franz Ferdinand ou Bloc Party, entre muitos outros. Já em Dezembro de 2007, a banda fez uma tour na sua terra natal (Austrália), juntamente com os Daft Punk, na tour Nevereverland. Este concerto atraiu mais de 50 mil pessoas.

Lançam agora em 2008 o novo álbum
"In Ghost Colours", que me parece um excelente álbum. Vêm visitar o nosso país este ano no festival Sudoeste, na Zambujeira do Mar. Lá estaremos concerteza para os ouvir.

Aqui fica o alinhamento de "In Ghost Colours":

1. Feel The Love
2. Out There On The Ice
3. Lights And Music
4. We Fight For Diamonds
5. Unforgettable Season
6. Midnight Runner
7. So Haunted
8. Voices In Quartz
9. Hearts On Fire
10. Far Away
11. Silver Thoughts
12. Strangers In The Wind
13. Visions
14. Nobody Lost, Nobody Found
15. Eternity One Night Only




Cut Copy - "Hearts on Fire"

Manias...

Quando fazemos uma introspecção, todos nós reparamos que ao longo da vida fomos tendo determinados tiques ou manias. Cada um à sua maneira, obviamente. Mas este tipo de comportamentos viciantes, leva-nos muitas vezes ao gosto exagerado por certos hábitos diários, que acabamos por realizar inconscientemente. Este tipo de fixação pode tornar-se doentia, tomando por vezes contornos que diria cómicos.
Acredito piamente que todos tenhamos um Melvin (Jack Nicholson em "Melhor é Impossível") dentro de nós. Obviamente sendo uma personagem hollywoodesca, tem contornos exagerados, mas que podem ser um espelho da vida de muitos de nós. Melvin é um ser maníaco e odiento, que faz da sua vida um conjunto de rotinas e manias, por exemplo: andar na rua sem pisar parte dos passeios, utilizar talheres novos cada vez que come, etc...

Sem querer, vamos impondo a nós próprios todo um conjunto de manias, que dificilmente conseguiremos um dia largar. Torna-se uma dependência de tal ordem, que fazer as coisas de outro modo deixa de fazer significado. Mas todos os tipos manientos, qual e qual os comuns dependentes de algo, nunca assumem que o são. Pelos menos à primeira vista.

Eu próprio sei que sou muito assim, apesar de detestar levar a vida com muita rotina e método. Consigo elaborar uma pequena lista de manias pessoais:

-Mania das doenças (quem me conhece bem sabe o quanto eu sou hipocondríaco, apesar de o assumir com alguma naturalidade);

-Mania de cheirar a comida antes de a provar (não tem explicação plausível);

-Mania de subir as escadas de dois em dois degraus (desde miúdo que o faço, e acredito que se torna bem mais prático);

-Mania de me cansar dos objectos e por vezes das pessoas (bem sei que não é bonito de se dizer, mas a verdade é que me canso com alguma facilidade das coisas. Quanto às pessoas também me acontece, mas com muito menos regularidade);

-Mania de fazer a cama para me deitar quando ela está desfeita (acontece-me principalmente ao fim de semana, dias em que nem sempre faço a cama, confesso. Bem sei que parece um contrasenso fazer para desfazer, mas a verdade é que só consigo dormir numa cama com os lençóis bem esticados);

-Mania de fazer a barba de dois em dois dias (Mais uma coisa sem explicação, mas que se tornou um hábito);

-Mania de desfazer os pacotes de açúcar do café em pedaços (quando estou a tomar café, dou por mim muitas vezes a desfazer os pacotes de açúcar do café em pedacinhos minúsculos);

-Mania de lavar imensas vezes as mãos (bem sei que parece ridículo, mas a verdade é que se sentir que tenho as mãos gordurosas ou sujas, por vezes nem tenho nada, mas vou logo passá-las por água);

-Mania de roer as unhas (já sei que é das manias mais feias, eu próprio ando em desentoxicação, mas a veradade é que quando estou muito nervoso, dou por mim a tentar levar os dedos à boca, mas ultimamente tenho-me controlado);

-Mania de dormir de barriga pa cima (sempre dormi de todas as formas e feitios, de à uns anos para cá, só consigo adormecer de barriga para cima, e com almofada);

-Mania de cantar as músicas no carro em pleno trânsito (bem sei que visto de fora possa parecer esquisito, a verdade é que adoro cantarolar músicas no carro como se de um karaoke se tratasse);

-Mania de acrescentar cinco minutos ao despertador sempre que ele toca (sempre que o despertador toca diariamente, começa o ritual de pedir tolerância de mais cinco minutos, mais cinco, mais cinco e de repente dou por mim atrapalhado a correr pela casa de braços no ar);

-Mania de só gostar de um certa marca de leite, de água, de whisky e por aí fora... (acredito que esta mania seja comum a todos os seres, pelo menos sinto-me mais confortável quando penso desse modo);

-Etc, Etc, Etc...

quarta-feira, maio 21

The Pigeon Detectives...

Os Pigeon Detectives lançam o segundo ábum de originais, intitulado “Emergency”, que sucede ao álbum de estreia “Wait for me”. São mais uma banda que vem no seguimento dos Strokes e Libertines e da explosão do punk-pop. São liderados pelo carismático vocalista Matt Bowman, que empenha toda a sua garra nas músicas que canta. São originários de Rothwell, Leeds.
O álbum "Emergency" será lançado a 26 de Maio do presente ano, no entanto será possível ouvir o primeiro single, ‘This Is An Emergency’, a partir de 12 de Maio.

Actuam em Paredes de Coura a 2 de Agosto de 2008, fazendo assim companhia a Mars Volta, dEUS e WrayGunn.
Aqui fica o vídeo do primeiro single...


The Pigeon Detectives - "This Is An Emergency"

Festas de Aniversário...

Hoje em dia festejar o dia de aniversário já não tem a mesma magia de outrora. Hoje em dia reúnem-se os amigos todos num bar ou restaurante, em que acabamos por falar meramente com quem teve a sorte ou o azar de calhar à nossa frente, ou ao nosso lado. Depois do jantar, cantam-se os "parabéns a você" (nunca percebi a formalidade do "você"). Há o brinde da praxe, e seguidamente uma provável ida a uma discoteca da moda, em que cada um está a dançar para seu lado, sem haver grande convívio naquele ruidoso ambiente.

Longe vão os tempos em que a festa de aniversário era festejado na garagem de casa. Passava-se um dia inteiro na cozinha a preparar a gastronomia, que não fugia muito dos salgadinhos e afins, bem como dos famosos bicos de pato, esse clássico de qualquer festa caseira. A reunião dos amigos começava logo pela tarde, recebendo os convidados e pondo toda a gente à vontade. O ambiente era escuro e sombrio, para criar "ambiente" e dar um ar de misterioso à festa.

Antes do lanche ou jantar, jogava-se ao jogo da vassoura. Quem já não jogou ao jogo da vassoura? Toda a gente terá concerteza boas recordações desse magnífico jogo. Para quem não teve o prazer de conhecer, o jogo da vassoura consistia em se formarem pares para dançar, ficando um rapaz com a vassoura, que a entregava ao rapaz que estivesse a dançar com a miúda com quem pretendesse dançar. Deste modo, acabavamos por dançar com quase todas as raparigas presentes na festa. Ao contrário das festas de aniversário actuais, toda a gente conversava entre si e mais incrível de tudo, havia essa magia de dançar os já ultrapassados slows. Essa dança fantástica, em que tínhamos a possibilidade de dançar juntinhos com todos os elementos do sexo oposto. O jogo era muitas vezes viciado, ou seja, muitas vezes havia casais que dançam juntos do início ao fim do baile. Havia sempre aqueles que davam sinal ao dono da vassoura para não serem os escolhidos, quando estavam deliciados com o seu par. O contrário também acontecia, quando pretendiam mudar de par com urgência. Mas o encanto do jogo era esse mesmo, os primeiros jogos de sedução, os primeiros beijos, as primeiras sensações e paixões. Era a inocência típica da idade.

Lembro-me de termos as cassetes gravadas com os slows mais lamechas que pudessem existir, porque quanto mais lento, melhor. As músicas estavam todas seguidas, como se um Dj se tratasse, porque a música nunca podia parar.
Era sem dúvida alguma um convívio totalmente diferente do actual. Penso que é uma pena este tipo de festas ter acabado, uma vez que é bem melhor dançar em par do que sozinho, digo eu. Como vamos buscar tantas coisas ao passado, quem sabe as festas de garagem não voltam de novo a estar na moda. Para já resta-nos relembrar os velhos tempos e as músicas que outrora, fizeram tanto sentido. Aqui ficam alguns exemplos das centenas que perduram na minha memória. "Só não chora quem não tem sentimento"...



Roxette - "It's Must Have Been Love"



The Cars - "Drive"



Joe Cocker and Jennifer Warns - "Up Where We Belong"



Extreme - "More Than Words"

Spleen United...

Os Spleen United lançam agora o segundo trabalho, "Neanderthal", depois de um excelente álbum de estreia ("Godspeed Into The Mainstream").
Vêm da Dinamarca, e distinguem-se pelo som electrónico, lembrando-nos velhos clássicos dos famosos 80's, como Depeche Mode ou mesmo os New Order.
A banda é composta pelos irmãos Bjarke e Gaute Niemann, Jens Kinch, Kasper Nørlund e Rune Wehner.

Trazem-nos um som notável e moderno, chegando a ser electrizante por vezes. Sem dúvida uma mais valia no panorama da música...

As faixas que compõe o álbum "Neanderthal" são as seguintes:
  1. Suburbia
  2. My Tribe
  3. Failure 1977
  4. Heat
  5. Everybody Wants Revenge
  6. Dominator
  7. 66
  8. High Rise
  9. My Tribe, Pt. II
  10. Under The Sun
  11. My Jungle Heart


Spleen United - "Suburbia"

terça-feira, maio 20

Crise de Idade...

É verídico. Todos nós em determinada altura da nossa vida vamos sentir uma crise de "meia idade", "metade de meia idade", o que for. Vamos sentir que o tempo passou demasiado rápido, e que temos ainda muitos objectivos por cumprir. Esta crise mutante-galopante acaba por nos invadir o cérebro em determinadas alturas da nossa vida. Criamos em nós próprios frustrações invasivas, quando muitas vezes a nossa vida está apenas a começar.
Confesso que até então nunca tinha vivido este tipo de sentimentos, mas ultimamente tem-me ocorrido que "já fui mais novo" e com menos responsabilidades, apesar de saber aceitar isso muito bem. A verdade é que sinto que dos 18 até agora foi a voar. Parece que foi ontem que tirei a carta, e já lá vão uma data de anos, nem interessa bem quantos.

É muito estranho, por exemplo, quando em dada altura começamos a ser convidados para ir a casamentos de amigos de infância. Até então só íamos a casamentos de familiares ou conhecidos dos nossos pais, nunca dos nossos amigos de sempre. É inevitável fazer introspecções sempre que estamos perante tais factos. Mais estranho ainda, é quando chegamos ao casamento e encontramos outros amigos que não víamos à muitos anos, e todos esses estão casados ou noivos, e alguns mesmo com filhos. Resta-nos sorrir e dizer que: "Tenho tempo, ainda não estou preparado". Isto sem dúvida que nos faz pensar. Não porque pretendamos casar, longe disso, mas sim porque nos faz pensar que o tempo passa, passando a ter uma perspectiva mais consciente da nossa idade.

Até então, nunca me tinha senti "velho" para isto ou para aquilo, nem mesmo quando estou perante ambientes mais "teen". Embora normalmente dê por mim a pensar que já tive aquela idade e este ou aquele comportamento. Acaba por ser curioso as comparações das diferentes gerações e os diferentes hábitos. Temos que nos adaptar a todas as situações, como fizemos ao longo de toda a nossa vida no que toca a confrontos de gerações.
Quando por outro lado penso que já tenho uma sobrinha que ainda "ontem" nasceu e este ano já vai para o ciclo, também me dá que pensar, apesar de fazer de mim um tio muito orgulhoso e babado.

Muito sinceramente não me sinto assim tão "velho", acredito que já vivi muitas coisas boas, mas que ainda vou viver coisas melhores. Não me queixo de não ter feito isto ou aquilo nas idades que já passaram. A minha vida está apenas a começar, e tenho que saber lidar com o facto de estar a caminhar para uma idade diferente, com objectivos diferentes. Acredito plenamente que o melhor está para vir. Resta-nos aceitar que estamos a passar para outra geração, para já de "tios" e quem sabe um dia de "pais". Mas nunca devemos fazer da idade um problema nem uma frustração, porque senão não conseguiremos saborear tudo o que a vida tem para nos oferecer. Temos que nos mentalizar que a nossa vida tem um princípio, um meio e um fim, tendo consciência que houve um tempo que, inexoravelmente, já passou.

Devemos aproveitar todas as fases da nossa vida, tendo em conta a sábia máxima que um dia alguém proferiu: "Não paramos de nos divertir por ficarmos velhos. Envelhecemos porque paramos de nos divertir"...

segunda-feira, maio 19

Músicas...

Há músicas que nos tocam no coração por muitos e variados motivos, tendo muitas vezes a capacidade de tocar bem lá no fundo, transportando-nos para locais únicos e muito nossos. Locais onde nós somos as personagens principais, o realizador, o que for. Fazemos a história bem à medida da nossa imaginação e motivação. Criamos a história que melhor se encaixa ao momento que atravessamos. Aos meus ouvidos, há músicas mágicas que nos conseguem despertar todos os sentidos. Ficamos inertes perante tais sensações. Essa particularidade da música, faz com que todos nós tenhamos músicas específicas, no que à capacidade de fazer sonhar diz respeito...
Aqui ficam alguns meros exemplo...




Radiohead - Street Spirit



Massive Attack - Safe From Harm



Kings of Convenience - I Don't Know What I Can Save You From



Thievery Corporation - Heavens Gonna Burn Your Eyes

quinta-feira, maio 15

The Cure...


Ora aqui está uma novidade que me deixa muito satisfeito. Vou falar duma banda que dispensa qualquer tipo de apresentações e é uma das minhas bandas favoritas, os The Cure. Tudo porque vão lançar um novo álbum, será o 13º e será ouvido pelos fãs a conta-gotas. Como estratégia de promoção do disco, o grupo lançará um novo single a cada dia 13 do mês, até setembro. Data em que o álbum será oficialmente lançado.


No dia 13 de Maio, a banda deu início ao esquema pouco convencional e divulgou o primeiro single “The only one”, incluindo a faixa “NY trip”. Em 13 de Junho, os The Cure lançarão mais um single, “Freakshow”, que terá como “lado B” a música “All kind of stuff”. Sem dúvida uma das músicas mais Pop que a banda de Robert Smith lança, desde os velhos tempos de "Wish" em 1992.

Aqui fica um vídeo da música. Genial...




The Cure - "The Only One"

Alegria...

Hoje estou especialmente bem disposto. Motivos para isso? Não tenho nenhuns em concreto. Acordei assim, "estupidamente" bem disposto. Há dias assim, em que nada nos consegue incomodar, mesmo a tarefa mais árdua é encarada e realizada com todo o prazer.

Hoje em especial gosto da minha vida, do meu trabalho, dos meus amigos e da minha família. Até o tempo chuvoso me parece um dia de Verão e não, não estou apaixonado. Apenas estou contente porque algumas coisas da minha vida começaram a fazer sentido. Sei para onde quero ir e como pretendo lá chegar. Criei algumas metas na minha vida, que vou cortando aos poucos conforme o tempo passa. Essa sensação que me assola preenche-me as medidas e faz de mim uma pessoa melhor. Acho que me encontrei enquanto pessoa. Este jogo de sensações dúbias que é a nossa vida, faz com que por vezes necessitemos de recorrer à bússula humana, que para mim é o nosso coração, ou a nossa intuição como queiramos chamar-lhe. Obviamente, que para alguém exigente consigo próprio, há sempre muitos objectivos por atingir e muitos passos ainda a dar. Temos que saber esperar, porque pensamentos positivos atraem coisas positivas. Acredito que quando encontramos o nosso rumo, começamos a atrair coisas boas e a transmitir directa e indirectamente isso às outras pessoas. É fantástico termos a capacidade de alegrar os outros e lhes transmitirmos a nossa felicidade. Não quero viver a vida "como se o mundo acabasse amanhã", isso faz-nos cometer algumas loucuras desmedidas. Coisas que acabamos por arrepender, mas quero viver a vida "como se acabasse para o ano" que vem.
Só vivemos uma vez, por isso vamos deixar aqui a nossa marca de alegria! Vamos sentir que de alguma forma fomos úteis para as pessoas que nos rodeiam. Vamos fazer com que as pessoas gostem ainda mais de nós e acreditem que somos importantes.
A verdade irrefutável é que só vivemos uma vez!

Vamos parar de complicar e fazer a alegria acontecer...





The Strokes - "You Only Live Once"

quarta-feira, maio 14

The Long Bondes...


Os britânicos The Long Blondes lançam agora em 2008 o seu segundo trabalho , intitulado "Couples". A banda vem da cidade de Sheffield um dos pólos do novo rock britânico. Nos anos noventa foram os Pulp, em 2005 foram os Arctic Monkeys e em 2006 foi a vez dos The Long Blondes.
A curiosidade é que a banda é formada por ex-bibliotecários. Apenas uma das integrantes, Kate, não tinha o convívio quotidiano com os livros. O sucessor de Someone "To Drive You Home" foi produzido por Erol Alkan e apresenta 10 faixas. "Guilt" é o primeiro single .

São a mais recente confirmação para a edição deste ano do Heineken Paredes de Coura, no dia 1 de Agosto. Vamos esperar para ver...

Tracklist:

1. "Century"
2. "Guilt"
3. "The Couples"
4. "I Liked the Boys"
5. "Here Comes the Serious Bit"
6. "Round the Hairpin"
7. "Too Clever By Half"
8. "Erin O'Connor"
9. "Nostalgia"
10. "I'm Going to Hell"



The Long Blondes - "Guilt"

terça-feira, maio 13

The Futureheads...


The Futureheads lançam no dia 26 de Maio o terceiro disco de originais, intitulado "This is not the world", que sairá pela Nul Records, depois de serem demitidos da 679 Recordings.

São uma banda de rock alternativo britânica provenientes de Sunderland, Inglaterra. Entre as suas influências estão Kate Bush, Fugazi, Devo, Queen e The Jam. O nome foi tomado do título de um álbum do The Flaming Lips chamado Hit to Death in the Future Head.
A banda começou com Barry Hyde (voz e guitarra), Jaff (baixo) e Pete Brewis (bateria). Ross Millard (voz e guitarra) juntou-se mias tarde, tendo já tocado com Jaff na faculdade.

A meu ver está um pouco longe dos álbuns anteriores, mas ainda assim é de salutar o regresso e a força que empregam em toda a música que fazem.


Track List:
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01. The Beginning of the Twist (1ºsingle) 03:36
02. Walking Backwards 03:53
03. Think Tonight 03:29
04. Radio Heart 03:02
05. This is Not the World 03:34
06. Sale of the Cenury 03:23
07. Hard to Bear 03:07
08. Work is Never Done 03:20
09. Broke Up the Time 03:14
10. Everything's Changing Today 03:06
11. Sleet 03:08
12. See What You Want to See 02:42




The Futureheads - "Radio Heart" (2ºsingle)

Operator Please...


Operator Please. Mais uma banda cheia de força para 2008. Vêm da Autrália e trazem-nos o novo disco "Yes Yes Vindicate". Ficaram famosos com o teledisco de "Just A Song About Ping Pong", vídeo que atingiu uma grande popularidade no YouTube e que colocou em posição de destaque este grupo de adolescentes, comandados pela sua vocalista Amandah Wilkinson.

Formaram-se em 2005, depois de terem vencido um concurso escolar de novas bandas. Lançaram alguns EPs, outros tantos singles e acabam de lançar este primeiro trabalho, Yes Yes Vindictive. De resto, os Operator Please andam a contagiar muito gente com um Rock colorido de trave Indie com estruturas Pop e que, apesar de ainda evidenciar alguma imaturidade própria da idade, demostram algumas influências nas suas músicas. Elas são demasiado óbvias: (The Gossip, Yeah Yeah Yeahs...).

Com o seu rock juvenil, estes jovens australianos conseguiram coisas que muitos com o dobro ou triplo da sua idade nunca vão alcançar.
Destacam-se também as primeiras partes de bandas como Kaiser Chiefs, Arctic Monkeys e Maxïmo Park.

O álbum "Yes Yes Vindicate" contém as seguintes faixas:

  1. Zero! Zero!
  2. Get What You Want
  3. Leave It Alone
  4. Cringe
  5. Just A Song About Ping Pong
  6. Two For My Seconds
  7. 6/8
  8. Yes Yes
  9. Other Song
  10. Terminal Disease
  11. Chest
  12. Pantomime



Operator Please - "Just a Song About Ping Pong"

segunda-feira, maio 12

The Duke Spirit...

Os Duke Spirit regressaram em em 2008 com “Neptune”, o segundo álbum de originais da banda, que sucede a “Cuts Across The Land” de 2002.
A banda inglesa possui um rock com garra, cruzando as guitarras efervescentes com toques subtis de blues conferidos pelo piano e pela harmónica. A voz límpida de Liela Moss contribui para o balanço geral da sonoridade. Sem dúvida uma mais valia, com a dose certa de sensualidade feminina. A soar a The Sounds, aqui está um grande disco. Imperdível!

O álbum "Neptune" é constituido pelas seguintes faixas:

1 I Do Believe
2 Send A Little Love Token
3 Step And The Walk
4 Dog Roses
5 Into The Fold
6 This Ship Was Built To Last
7 Wooden Heart
8 You Really Wake Up
9 Love In Me
10 My Sunken Treasure
11 Lassoo
12 Neptune's Call
13 Sovereign



The Duke Spirit - Lassoo

domingo, maio 11

Domingo...

Cá estamos nós em mais um Domingo. A acção deste dia continua inigualável, fazendo com que cada dia que passe, eu goste menos deste dia. Bem sei que o Domingo é um óptimo dia para descansar, para estar com a família ou com os amigos, mas há vários factores externos que me fazem cada vez odiar mais este dia. Haverá concerteza quem adore este dia, que faça deste dia mais um dia fantástico da sua vida, mas eu não sou o caso. Acho o Domingo um dia chato, pachorrento, e pior de tudo, anuncia mais um início de semana, o que não é nada positivo.
Por outro lado, agregado a tudo isto, há vários hábitos nos nossos compatriotas que me continuam a incomodar solenemente e que, por mais que tente, nunca conseguirei ficar indiferente. A maneira como alguns portugueses encaram o Domingo chega a ser digno de um filme de comédia brejeira. Já tentei entender a lógica de alguns actos, se é que têm lógica, mas continuei na mesma ignorância de sempre. Estas questões transcendem-me por completo, mas acredito é sempre positivo levantá-las.

Quando penso no Domingo, a primeira imagem que me ocorre, são as filas de quilómetros em direcção ao Shopping mais próximo, para aquilo que os portugueses mais gostam, que é ver montras. Deve ser delicioso ao Domingo ir para o shopping passear com a família, confraternizar com outras milhares de famílias que por lá se encontram, parecendo uma autêntica festa. Têm que ver todas as novidades das montras, ou seja, aquilo que está diferente desde o Domingo passado. Nada pode passar despercebido. A ida ao shopping é para isso mesmo, para além de se poder provar as últimas novidades da comida de plástico que por lá se encontra. Nunca percebi estes passeios ao shopping, sem uma intenção prévia de ir em busca de algo, senão para ver montras.

Outra típica imagem que me assola a cabeça, e esta interfere directamente comigo, é o facto de todas aquelas famílias que decidiram não ir para o shopping, virem para a beira da praia. Ao Domingo, em dias de sol, é uma sensação única para mim, morar a cinco minutos a pé da praia, e demorar meia hora de carro para me deslocar até uma esplanada. Claro que meia hora para cada lado, na melhor das hipóteses. Se houver estrada livre, não se pode ultrapassar os 30km/h. É fantástico ver as famílias completas a passear de carro, com filas imensas para poderem ver tudo o que se passa, e pararem no próximo senhor que venda a "língua da sogra". Essa famosa bolacha, que faz as delícias de toda a família num Domingo solarento.
Não seria muito mais saudável, passear a pé à beira mar? Não, saudável mesmo é ir de carro com a esposa até à beira mar, estacionar, enquanto ele lê o jornal, ela vai fazendo o último paninho em croché. Quando fatigados destas actividades com algum esforço físico, rebatem os bancos do carro, e eis que roncam cada um para seu lado, todos suados, ao som do relato do último jogo da bola. Que imagem fantástica que me surge na cabeça quando imagino esse cenário tão genuíno.

Coneguimos ficar para sempre com estas imagens gravadas na nossa memória, uma vez que nos acompanham desde sempre. As excursões de longe para aqui são muitas, e estamos sempre a aprender coisas novas com os forasteiros.
Já em vistas de extinção, mas ainda com alguns adeptos, são os famosos piqueniques nos pequenos triângulos de relva a separar as faixas de rodagem. Estes encontros são dignos de cadeiras e mesas amovíveis. Olha que cenário bem escolhido. Não imaginaria melhor. Dali do centro da estrada conseguem ver os carros a passar, que até são muitos porque é Domingo, e ainda se pode levar com o fumo dos mesmos. Boa escolha!

Poderia ainda falar da vestimenta típica de Domingo. Sim, porque Domingo é dia de ir à missa mostrar a roupa nova às vizinhas. Ao Domingo, é obrigatório passear com vestimentas a rigor, como se de um baile de gala se tratasse. Neste dia chego a ficar constrangido quando penso no quanto formal me encontro, e me cruzo com estas pérolas da moda. Não, não falo de nada mais senão de bom gosto. Se há coisa que o dinheiro não pode comprar é o bom gosto e por outro lado, não precisamos ter dinheiro para termos bom gosto.

Não sair de casa é sempre uma óptima opção, podemos sempre ver filmes na televisão com apenas quinze anos, que só ainda vimos umas três ou quatro vezes. É sempre bom relembrar os velhos tempos.
Se nada disto nos satisfizer, temos sempre a hipótese de lavar a viatura e aspirar a mesma, porque ao que vejo, deve ser normal.

Enfim, Domingo há-de ser sempre Domingo...

sábado, maio 10

Joe Lean And The Jing Jang Jong...

Joe Lean and the Jing Jang Jong não é de todo um nome fácil de pronunciar, mas as suas música desta banda são fantásticas e não têm nada de complicado. São uma mais uma banda vinda de Londres, Inglaterra. Formaram-se em Janeiro de 2007.
Os membros da banda são Joe Lean (voz), Tommy D. (guitarra), Dom O’Dare (guitarra), Panda (baixo, voz) e Bummer Jong (bateria).

Joe Lean possui também o nome artístico de Joe Van Moyland e foi baterista da banda The Pipettes até junho de 2007. O guitarrista Tommy D (Thomas Dougall) é irmão de Rose Pipette, também elemento da mesma banda. Bummer Jong foi baterista dos The Pipettes e também da banda The Sigma. É irmão de George Craig da banda One Night Only.

O single "Where do you go?", o 3º single da banda e a meu ver o mais forte, sai este mês em Inglaterra. Quanto ao álbum teremos que esperar até Agosto, data prevista para o lançamento do mesmo.

Parece-me mais uma grande promessa para este ano de 2008. A ver vamos...


Joe Lean & The Jing Jang Jong - "Where do you go?"

sexta-feira, maio 9

A Simplicidade...


Sempre ouvi dizer que feliz é aquele que encontra a Felicidade na simplicidade das pequenas coisas. Estou totalmente de acordo. Acho que passei uma vida inteira na busca insaciante por uma simplicidade que me rodeasse e me acompanhasse para todo o lado. Nunca compreendi a fuga à simplicidade e a busca constante pela extravagância material e intelectual. Sou um apaixonado pelas pequenas coisas desde sempre, mas para mim as mais importantes da vida. Há situações que, em toda a sua simplicidade, me completam e irradiam de alegria. São os pequenos gestos, os pequenos actos, as palavras simples e sinceras que nunca me sairão da memória. Adoro pessoas assim, humildes e sinceras, que vivem a vida em busca desses pequenos momentos. Momentos eternizados que nos marcarão para sempre. Obviamente que as pessoas assim se tornam demasiado exigentes com os outros, mas essencialmente com elas próprias. Deste modo, é muito difícil viver em sociedade e principalmente viver relações a dois.


Acredito que sou um observador nato. Muitas vezes dou por mim a observar algumas pessoas e a pensar como são diferentes de mim. Não são melhores nem piores, são simplesmente diferentes. Somos felizes de maneiras diferentes e buscamos a felicidade em coisas também diferentes. Por vezes penso que ser assim possa ser um defeito, uma vez que nos acaba por fechar num mundo muito nosso, em que não permitimos que qualquer pessoa entre. Mas por outro lado, adoro pensar que toda a minha vida fui coerente comigo próprio, seguindo a minha linha condutora em busca de algo que pode não existir, mas eu acredito que existe.

Quando estou com crianças, em especial com a minha sobrinha, fico a pensar que os adultos deviam ser todos assim. Ficam contentes com as pequenas coisas que fazemos com eles, as pequenas atitudes, as pequenas brincadeiras. Não são muito exigentes para estarem bem e felizes. A meu ver, têm uma vantagem enorme, falam com toda a frontalidade e sinceridade do Mundo. Coisas que faltam à maioria dos adultos. Estes raramente agem com sinceridade e só se contentam com as coisas que a meu ver, são menos importantes. Para mim a felicidade passa por aí mesmo, por conseguirmos ser felizes dessa maneira. Vivermos com humildade, sinceridade, e acima de tudo simplicidade. O saber buscar a felicidade às mais pequenas coisas.

Quando penso nisto, fico ciente que não consigo ser aquilo que não sou, não consigo sair da minha linha condutora, e muito menos fazê-lo em prol de outra pessoa ou da sociedade onde vivemos. Não devemos nunca ser isto ou aquilo para agradar alguém, foi uma coisa que aprendi.
Viver segundo os meus ideais, faz de mim uma pessoa coerente comigo próprio e mais importante de tudo, faz de mim uma pessoa feliz. Sou feliz deste modo, não consigo ser doutra maneira e tento que os que me rodeiam também sejam felizes assim. Deste modo tudo se conjuga, passando a fazer sentido. A vida torna-se bem mais fácil quando temos o dom de não a complicar.

Como diria algum spot publicitário: "Aqui vou ser feliz!"...




Saeglopur - Sigur Ros

quinta-feira, maio 8

Young Knives...

Os Young Knives lançam agora o seu segundo álbum "Superabundance". O álbum saiu a 22 de Abril e a julgar pela crítica, será o álbum que os levará ao sucesso. Tinham lançado o primeiro álbum em 2006, " Voices of Animals and Men", embora não tenham conseguido atingir o sucesso merecido. Esse primeiro disco foi produzido por Andrew Gill dos Gang of Four. Agora em 2008 arrancaram com toda a força para um disco que poderá mudar a vida da banda.

Por aquilo que já é conhecido, este "Superabundance" parece conter a fórmula vencedora: canções curtas, guitarras energéticas e sarcasmo típicamente britânico.

O álbum "Superabundance" é constituído pelas seguintes faixas:
  1. Fit4U
  2. Terra Firma
  3. Up all night
  4. Counters
  5. Light Switch
  6. Turn Tail
  7. I Can Hardly See Them
  8. Dyed in The Wool
  9. Rue the Days
  10. Flies
  11. Mummy Light the Fire
  12. Current Of The River
Gosto muito desta música de abertura do álbum...


Young Knives - "Turn Tail"

Déjà Vu...

Em vários momentos da minha vida, vivi esta sensação única e inquietante, que é a sensação de Déjà Vu. Aquela sensação que nos invade, e nos faz dividir em dois, ou seja, enquanto por um lado temos presente que uma dada situação nunca nos aconteceu, por outro, temos a sensação estranha que essa mesma situação já foi por nós vivida. Isto pode ser um tanto ao quanto esquisito, mas acredito que a maioria das pessoas já tenham passado por isso. Quantos de vós nunca pensaram que já estiveram naquele local ou já estiveram com aquela pessoa?

À primeira vista pode ser uma coisa muito normal, mas em breves instantes percebemos que não é assim tão simples. Uma coisa é estarmos esquecidos ou indecisos em relação a uma dada memória, outra é sentirmos estranheza em algo que nos está a acontecer. É neste preciso momento que entra em acção a sensação Déjà Vu. Aquilo que nos parece tão familiar e tão típico, não o deveria ser. Ficamos nitidamente com a impressão de estarmos a reviver alguma experiência passada, e que sabemos que na realidade é impossível que ela tenha acontecido.

Normalmente esta sensação vem acompanhada de uma forte emoção, que pode despertar os sentimentos mais diversos, negativos ou positivos.
Os investigadores nesta área, acreditam que o espírito sobrevive à morte física e que o inconsciente das pessoas armazena experiências e sentimentos ao longo de vidas sucessivas. Então num dado momento, o inconsciente, despertado por uma visão, uma palavra, ou algum outro facto traz-nos ao consciente essas memórias, provocando o fenómeno "Déjà vu". Como o inconsciente nem sempre separa o presente do passado, ficamos com a impressão de que o facto que estamos a viver se refere à vida actual.

Desde sempre tive um fascínio pelas coisas que não conseguimos explicar, e que não são palpáveis. Apesar de ser um leigo na matéria, este tipo de assuntos desperta em mim uma imensa curiosidade. Adoro fazer suposições de como será que as coisas são na realidade, ou seja, se de facto vivemos vidas passadas, fazendo com que elas se reflictam directamente na nossa vida actual. Tenho lido algumas coisas sobre o assunto, e a verdade é que começo a acreditar que sim. Acredito que seja possível que tenhamos vivido uma série de experiências noutra vida, e que essas experiências acabem por ficar sempre presentes dentro de nós, moldando a nossa maneira de ser e o nosso rumo na vida.
Sempre que tiverem estes reencontros com o passado, já sabem que não é nada de anormal e acontece à maioria do ser humano.

Por breves instantes fiquei com a sensação que já falei sobre isto antes, será um Déjà Vu?

quarta-feira, maio 7

Spiritualized...

Os Spiritualized resolveram lançar um novo álbum. A banda emprega um minimalismo viciante em toda da música produzida, criando álbuns únicos e hilariantes. A banda começou a sua trajectória no início dos anos 90, liderada por Jason Pierce. Já tinha feito também parte dos Spacemen 3, banda ícone do rock-psicadélico do anos 80.

A banda conta com sete discos na sua discografia e desde 2003 que não lançavam nada. O novo trabalho está previsto para o dia 19 de Maio pela Universal Music e entitula-se de "Songs in A&E".

Este novo álbum sai a 26 de Maio e contém dezoito músicas, entre elas "Soul On Fire", que será lançada como single em vinil de 7" e download digital.
Os Spiritualized têm um concerto marcado para a próxima edição do festival Optimus Alive!08, no próximo dia 10 de Julho. Actuam assim no mesmo dia dos The National, Gogol Bordello e Rage Against the Machine. Grande dia de música...

As faixas que compõem "Songs in A&E" são:

01 Harmony 1
02 Sweet Talk
03 Death Take Your Fiddle
04 I Gotta Fire
05 Soul on Fire
06 Harmony 2
07 Sitting on Fire
08 Yeah Yeah
09 You Lie You Cheat
10 Harmony 3
11 Baby I'm Just a Fool
12 Don't Hold Me Close
13 Harmony 4
14 The Waves Crash In
15 Harmony 5
16 Borrowed Your Gun
17 Harmony 6
18 Goodnight Goodnight



Spiritualized - "Soul On Fire"

As mulheres...


Hoje decidi falar do sexo oposto. Parece-me sem dúvida uma tarefa arrojada, tendo em conta que estou a falar de mulheres e de toda a complexidade que daí advém. É verdade, também sou daqueles que tem algumas dificuldades em perceber a mente da maioria das mulheres. As causas para isso são várias, e há quem arrisque apontar as razões, mas eu não me sinto propriamente capaz. Seria um cliché dizer que as mulheres são todas iguais, isto ou aquilo, mas eu não concordo. Para mim há comportamentos nas mulheres que não compreendo ou, por ser homem, não tenho capacidade para compreender, mas que não faz delas todas iguais ou totalmente diferentes dos homens. Somos seres distintos à partida, basta dizer que as mulheres têm a capacidade de engravidar e dar à luz e nós não. Não seria necessário ir muito mais longe. Falar a nível hormonal também não me parece boa ideia, uma vez que também sou leigo na matéria. Por outro lado, falar de experiências pessoais também não me levaria a lado algum, e estaria apenas a falar de casos pontuais. Parece-me sim interessante, poder reflectir um pouco sobre a generalidade do ser feminino e dos seus comportamentos mais comuns.

Há coisas nas mulheres que nunca conseguiremos entender e que embora pareça um contrasenso, não o é. Vou tentar dar alguns exemplos concretos de coisas que só as mulheres conhecem as razões ou as sensações: A diferença entre a tonalidade dos imensos batons vermelhos; A necessidade imperativa de ter pelo menos uns seis pares de sapatos pretos; Que apenas uma salada, uma bebida diet e um gelado cheio de calorias fazem um almoço equilibrado; Que um telefonema com uma amiga nunca demora menos de quinze minutos; O facto de irem sempre acompanhadas de outra mulher ao quarto de banho; A necessidade de ir ao cabeleireiro de duas em duas semanas para arranjar o cabelo e as unhas; O facto de ficarem de mau humor na altura da menstruação; A hipocrisia típica na conversa entre duas mulheres; A necessidade de entrar em todas as lojas do shopping para conhecer as novidades; A importância de ter quarenta carteiras todas parecidas e andar sempre com uma para todo o lado, atolada de objectos como da mala do "Sport Billy" se tratasse; A crítica constante a qualquer mulher interessante que passe; A necessidade de serem valorizadas pelos homens constantemente; Que a roupa que hoje é um must, pa semana pode ser um trapo encostado; Que todas as aranhas são um bicho de sete cabeças; A arte de andar em saltos altos tipo agulha; Fingir naturalidade e conforto durante um exame ginecológico; Depilar partes do corpo de quinze em quinze dias com cera; Que a celulite é a inimiga número1 deste mundo; O facto de dizerem que os homens são todos iguais; e etc, etc, etc...

Apesar de todas estas aparentes semelhanças, as mulheres são todas bem diferentes, "Graças a Deus", diria eu. É fantástico perceber como são tão diferentes dos homens em algumas coisas, mas tão parecidas noutras. Dizer que as mulheres deviam vir com livro de instruções, também não me parece fazer sentido. Talvez o livro de instruções fosse do ser humano em geral. No fundo, julgo que caminhamos no sentido de as diferenças entre homens e mulheres serem cada vez menores, principalmente em termos de mentalidades e valores. Há coisas que só elas fazem e isso não podemos alterar. As mulheres hoje em dia, já nada têm a ver com os antepassados, e ainda bem. Sabem o que querem, lutam pelo que querem e não esperam que nada seja feito por elas. Tudo isto de um ponto de vista muito global, obviamente que pode haver excepções, há sempre. Acho isso admirável e de salutar. Pessoas menos boas há em ambos os sexos, e não dá para especificar. A realidade é que nós homens, não passamos sem as mulheres. Umas experiências melhores, outras piores, mas a verdade é que elas estão sempre presentes na nossa vida de alguma forma.

Este post é dedicado a todas as mulheres, especialmente àquelas que tive o prazer de conhecer, e se tornaram minhas amigas...

terça-feira, maio 6

Unkle...


Após três anos, James Lavelle ressuscita de novo os UNKLE. O terceiro disco da banda/projeto, War Stories, acaba de ser lançado nos Estados Unidos, quinze dias depois da Europa, Austrália e um mês depois do Japão.

Desta vez a lista de convidados é mais reduzida e menos conhecida que habitualmente, a grande novidade é o próprio Lavelle resolveu mostrar a voz. Ele próprio dá a voz à incrível música "Hold My Hand", praticamente uma irmã gémea de "Detroit", a música que Jim Reid, dos Jesus and Mary Chain, cantou em Evil Heat (2002) dos Primal Scream.

Em duas outras músicas, chamou mais uma vez Josh Homme, dos Queens of the Stone Age, que colabora com as guitarras da instrumental "Chemistry" e os vocais de "Restless".
O segundo nome mais conhecido do disco é também o mais surpreendente. Depois de cantar Doors, Ian Astbury canta a fantástica "When Things Explode", que fecha o disco em grande. (Astbury também canta "Burn My Shadow", que não está no disco, mas pode ser ouvida no site da banda e foi lançada como single).

Ainda há espaço para mais famosos. 3D, dos Massive Attack, dá um ambiente incrível a "Twilight", lembrando alguns dos melhores momentos de sua banda de origem. A banda inglesa The Duke Spirit cede a sua vocalista Liela Moss e as suas guitarras poderosas a "May Day" e o também inglês Gavin Clark, ex-Sunhouse e ex-Clayhill dá um ar retro a "Keys to the Kingdom" e "Broken".

Mais um estupendo álbum para estes grandes senhores da música. Vale a pena ouvir...


Unkle - Burn My Shadow

A Queima...

Pois é, chegou a semana mais aguardada por todos os estudantes, a famosa semana da Queima das Fitas. Muito já foi dito sobre esta semana, mas muito ficará sempre por dizer. É de facto uma semana única, diferente de qualquer cenário que estejamos habituados. Esta festa possui uma dimensão tal, que para qualquer um de nós seria impossível tentar retratar ou resumir tudo aquilo que vai acontecendo nesta festa. É sem dúvida alguma uma festa que se demarca de todas as outras. As razões para isso acontecer são muitas e demasiado complexas para tentar decifrar.

Será para mim inevitável dizer que a tradição já não é o que era. É um facto, e salta à vista de qualquer um que conheceu uma "outra" Queima. São poucos hoje em dia aqueles que vêm a queima do ponto de vista das tradições, principalmente das tradições durante o dia. Para a maioria, a Queima das Fitas não é mais do que oito noites cheias de loucura e êxtase. Não o posso condenar, também já o fiz e compreendo plenamente quem o faz. Entristece-me obviamente, que muitas tradições estejam a ficar para trás. Temos sempre que evoluir, mas há coisas que devemos tentar sempre manter, principalmente quando são tradições com centenas de anos e que fazem todo o sentido em serem mantidas. Fico demasiado triste quando percebo que o principal impulsionador para isso acontecer é a própria Fap (Federação Académica do Porto). De ano para ano as tradições vão-se perdendo, e a Queima das Fitas é cada vez mais vista do ponto de vista financeiro. Não se pode olhar para uma festa como esta meramente com esse intuito. Valores mais altos de levantam. Há que salvaguardar outros valores, outras tradições e principalmente salvaguardar aqueles que fazem a própria festa, os estudantes. Esses nem sempre estão em primeiro lugar, e a meu ver deviam estar.

A Queima no Palácio já lá vai, mas também não podemos comparar. Era uma dimensão totalmente diferente. Hoje em dia as faculdades são em muito maior número, e obrigatoriamente os estudantes também. Aumentar só ao espaço físico, à segurança e ao número de barracas não é suficiente. Principalmente quando os preços dos bilhetes dispararam a olhos vistos. É de salutar as melhorias, mas não são suficientes. Nunca percebi por exemplo, como é feito o cartaz de bandas da Queima. Hoje em dia poucas pessoas vão à Queima pelos concertos, e porquê? Não é só porque querem apenas saudar o Deus Baco e beber como se não houvesse amanhã, talvez seja porque os cartazes apresentados pela Fap sejam cada vez mais fracos e pior de tudo, repetitivos. Há bandas que já não há paciência para ouvir, e essas não são uma tradição, são uma insistência barata e pouco criativa. Há muito mais coisas para enumerar, como a qualidade das bebidas apresentada, ou a maneira monopolizada como a Fap gere essas mesmas bebidas, mas isso é uma guerra que não me pertence e sobre a qual não me apetece alongar.

Apesar de já não ir à Queima, fico com saudades de algumas imagens visuais e sonoras de outros tempos. É fantástico pensar nos concertos que já assisti na Queima, as grandes bandas que por lá passaram e fizeram história. Faz-me sorrir quando me lembro da confusão de pessoas por todo o lado, a confusão de sons e respectiva guerra desenfreada entre barracas pelo melhor volume sonoro. Era incrível quando estavamos inseridos no meio de várias barracas a ouvir estilos musicais diferentes, com as colunas a distorcer o som e a rebentar por todo o lado. É também inevitável falar das hollywoodescas idas ao wc. A confusão gerada em procura de uma casa de banho livre, e se possível com o mínimo de apresentação. Se bem que isto me parecia sempre uma utopia. Quer dizer, talvez no primeiro dia de Queima fosse possível encontrar, a partir daí o cheiro nauseabundo a urina acompanhava-nos todas as noite de festa e as casas de banho estavam impróprias para uso. Lembro-me também dos quilómetros percorridos em dia de cortejo, fazendo a recta final em pleno recinto de Queima como se de uma maratona se tratasse. Não havia cansaço possível, até porque estavamos sempre a reabastecer-nos de líquidos fulgurosos e revitalizantes. Recordo-me também das tremendas filas para comer o mítico pão com chouriço, que àquela hora da madrugada nos sabia melhor que marisco. São recordações deliciosas que já mais esqueceremos e que nos acompanharão a memória para sempre.

Os excessos são muitos. Demasiados até, a ver pela quantidade de estudantes que acabam no Inem a levar soro, o que a meu ver e não querendo parecer velho ou desactualizado é um exagero. Há pessoas a necessitar mais do Inem, que propriamente os estudantes em plena semana de festa. Temos que saber fazer tudo na vida com peso e medida, e a Queima das Fitas parece-me uma boa desculpa para serem cometidos todos os excessos, mas não é por aí.
Excessos sempre houve e haverá em diversas ocasiões. São coisas que não se conseguem controlar e que não tomando proporções exageradas, podem ter algo de positivo.
No fundo há coisas boas, e não devemos meramente nas más.
Esta semana tem de facto uma magia especial, e só quem por lá passa consegue compreender.


A todos os estudantes e não só, eu desejo uma semana fantástica, cheia de de alegria e muita festa...

sexta-feira, maio 2

Okkervil River...

Os Okkervil River têm, com seu mais novo álbum, "The Stage Names", uma difícil tarefa: suceder um dos melhores discos indies da década, Black Sheep Boy, de 2005. Em The Stage Names, a banda investe numa sonoridade um pouco diferente do disco anterior. O ambiente introspectivo do disco anterior deu lugar a um ambiente mais alegre e enérgico.

Um dos pontos fortes de Black Sheep Boy eram as letras. Em The Stage Name, as letras também são uma referência.
O disco começa com o tema "Our Life Is Not a Movie or Maybe". Todos os elementos que caracterizam o disco estão aqui bem presentes, principalmente as letras fantásticas de Will Sheff. “It’s just a life story, so there’s no clímax”.

A tarefa era difícil, mas os Okkervil River fizeram muito bem o trabalho de casa. Lançaram um disco intenso e ao mesmo tempo acessível, com um único ponto fraco: possuir apenas nove faixas.

Eu pessoalmente, gosto muito do álbum. Imperdível! Músicas de extrema qualidade, que os levará concerteza para a ribalta de novo...



Okkervil River - "Our Life Is Not A Movie Or Maybe"